terça-feira, 11 de novembro de 2008

Escolas particulares terão reajuste de até 10%

Luiz Gustavo Schmitt

A crise econômica e o aumento da inflação afetarão, em 2009, o bolso dos pais de alunos de escolas particulares. O aumento no valor das mensalidades será em média de 10%, calcula a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep).

Em Niterói e São Gonçalo, o reajuste médio acompanhará esse mesmo índice, de acordo com os sindicatos de Estabelecimentos de Ensino Particular (Sinep) de ambos os municípios. Vale ressaltar que cada escola particular terá autonomia para fazer os reajustes.

"Acredito que os custos com pessoal devem aumentar muito no ano que vem; haverá aumento de salário de professores, por exemplo. Ainda temos que levar em conta a conjuntura da crise financeira internacional", explicou o presidente do Sinep de São Gonçalo, Vagner Cortez.

De acordo com o Sinep de Niterói, o aumento se deve à inflação, investimentos em tecnologia e à inadimplência crescente nas mensalidades, que tende a aumentar ainda mais. O sindicato ainda alertou que os colégios que oferecem alimentação podem dar um reajuste ainda maior.

"A maioria dos colégios deve manter a base de 10% de aumento. Mas no caso das instituições de ensino em que o valor das refeições está incluso na mensalidade, esse índice deve ser maior e deve acompanhar a alta dos alimentos", disse o sindicato de Niterói.

De 2007 para 2008, o aumento no valor das mensalidades em estabelecimentos particulares de ensino foi de 8%. Segundo o presidente da Fenep, José Augusto Lourenço, esse crescimento de 2% se deve à inflação registrada este ano e às turbulências do mercado. Como as escolas só podem ajustar o valor das mensalidades uma vez ao ano, é preciso prever os gastos do ano seguinte.

"Orientamos esses estabelecimentos sobre todos os índices existentes: inflação do período, INPC, ICV, IGP-M. Lembramos às escolas que as tarifas de luz, telefonia e aluguéis são indexadas pelo IGP-M e esse índice foi de 15% em julho e de 13% em agosto. Ou seja, está mais de 100% acima da inflação, cuja meta traçada pelo governo é de 6,5%, no máximo" , explicou Lourenço.




O Fluminense

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