segunda-feira, 2 de março de 2009

Acadêmicos do Cubango pode perder o título do Grupo B

O FLU na Folia

Publicado em 27/02/2009


Luiz Gustavo Schmitt

O título de campeã do Grupo B do Carnaval do Rio de Janeiro da Acadêmicos do Cubango, conquistado na quinta-feira, poderá ser decidido na sorte. Isto porque, o presidente da Riotur e secretário de turismo do Rio de Janeiro, Antônio Pedro Figueira de Mello, se reuniu ontem com membros da Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro (AESCRJ), e resolvido que o critério para o desempate entre a agremiação niteroiense e a Unidos de Padre Miguel será feito por meio de sorteio.

"O secretário de turismo determinou que o regulamento da AESCRJ seja cumprido, no que se refere ao artigo 36", informou a assessoria de imprensa da Riotur.

Segundo o artigo 36 do Regulamento Específico do Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, "no caso de duas ou mais Escolas de Samba terminarem empatadas na primeira colocação, ou seja, obtendo todas elas, as pontuações máximas em todos os quesitos, a Comissão de Apuração deverá proceder a um sorteio para a definição de apenas uma Escola de Samba que ascenderá ao Grupo de Acesso ‘A’, no próximo Carnaval".


Briga - A verde-e-branca venceu o carnaval do Grupo B em empate técnico com a Unidos de Padre Miguel. Ambas escolas conquistaram 240 pontos e, assim, as duas subiriam ao Grupo Rio de Janeiro 1 (antigo Grupo de Acesso A). Entretanto, a Liga das Escolas de Samba do Grupo de Acesso (Lesga) bateu o pé e anunciou, que além de nenhuma escola do Grupo Rio de Janeiro 1 ser rebaixada, só uma agremiação do Grupo B poderá subir.

Na briga entre as entidades representativas do samba quem parece ter se saído melhor foi a Lesga, já que o artigo 36 do regulamento, só prevê a ascensão de uma escola.

Para a AESCRJ, o correto seria que o carnaval fosse decidido, segundo os critérios do artigo 39 do mesmo regulamento. Este prevê que "as escolas de samba do Grupo de Acesso B que, no Carnaval 2009, obtiveram a primeira e a segunda colocação, ascenderão ao Grupo de Acesso A, que será formado pela Aescerj para o carnaval de 2010, e as três últimas colocadas descerão para o Grupo de Acesso C".

"Assinamos o contrato, em setembro do ano passado, com o então prefeito César Maia, no qual está escrito que duas escolas irão subir. A Lesga agora quer rasgar o contrato e o mudar, assim como lhe convém", informou o vice-presidente de comunicação Mário Roberto.

Discussão e ironia

O presidente da Acadêmicos do Cubango, Olivier Luciano Vieira, o "Pelé", disse que não irá baixar a guarda.

"O presidente da AESCRJ, Valter Teixeira, garantiu que as duas escolas vão subir. Vamos brigar até o fim", disse.

O presidente da Unidos de Padre Miguel, Reinaldo Lúcio da Silva, o Madrugada, se disse tenso diante da polêmica entre as entidades.

"Espero que façam valer o que está no regulamento. Mas, não posso dizer que não estamos apreensivos com toda esta situação", desabafou.

Procurada pela reportagem de O FLUMINENSE, a Lesga confirmou que não permitirá a entrada de Cubango e Unidos de Padre Miguel no Grupo Rio de Janeiro 1.

"Está previsto no nosso regulamento que só uma escola subirá. Mas agora a AESCRJ está apontando duas. Tem de haver um critério de desempate", informou a assessoria de comunicação da Lesga.

A Lesga ironizou o argumento da AESCRJ, que diz que outro artigo do regulamento prevê a ascensão de duas escolas.

"Eles esqueceram que estão subordinados à Lesga".




O Fluminense

Acadêmicos do Cubango é campeã do Grupo Rio de Janeiro 1

O FLU na Folia

Publicado em 26/02/2009

Luiz Gustavo Schmitt

Niterói está em festa. As escolas de samba Acadêmicos do Cubango, no bairro de mesmo nome e Acadêmicos do do Sossego, do Largo da Batalha, sagraram-se ontem como campeãs nos Grupos de Acesso B e C, respectivamente. Com as vitórias, a primeira sobe do B para o A e a segunda do C para o B.

A Acadêmicos do Sossego, que desfilou em Campinho, no ano que vem retorna à Sapucaí. Ela somou 160 pontos na apuração, realizada no Terreirão do Samba, no Centro do Rio. A Cubango somou 240 pontos e ficou empatada tecnicamente com a Unidos de Padre Miguel, que também se sagrou campeã e deve desfilar no sábado de carnaval, no Sambódromo, em 2010. Arrastão de Cascadura e Corações Unidos do Amarelinho foram rebaixadas.

A Cubango recebeu notas 10 em quatro quesitos: Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Alegoria e Adereço, Harmonia e Bateria. O presidente da escola, Olivier Luciano Vieira, o Pelé, procurou manter a calma durante a apuração, mas não conteve a emoção ao ouvir a última nota 10.

"Foi mais do que merecido. Nosso desfile foi maravilhoso. Não erramos praticamente em nada", disse.

O título da Cubango teve um gosto especial que se resume em uma só palavra: desabafo.

"O rebaixamento do ano passado foi injusto. Estávamos com isso engasgado. A vitória é uma prova de que conseguimos mostrar a força de nossa comunidade. Ano que vem estaremos na Sapucaí rumo ao Grupo Especial", vibra Pelé.


Empate técnico - Durante a apuração das notas, a Cubango largou na frente, no quesito Mestre-Sala e Porta-Bandeira, com quatro notas 10, já que a Unidos de Padre Miguel que vinha em segundo lugar, recebeu um 9.8 do quarto julgador. O placar se igualou já no quesito fantasia, quando a Cubango recebeu um 9.8 do segundo jurado, ante uma nota 10 da escola rival.

O páreo seguiu empatado com notas 10 de ambos os lados, mas no quesito enredo a agremiação se abalou com uma nota 9.5. Até que no penúltimo, Samba-Enredo, a Unidos de Padre Miguel recebeu um 9.7 e a Cubango um 9.8.

No somatório final, prevaleceram apenas as notas 10 dadas pelos jurados, já que as menores foram desprezadas, assim como prevê o regulamento da Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro (AESCRJ), levando as duas ao empate.

"Como as duas escolas pontuaram iguais, ambas são campeãs", informou o vice-presidente da AESCRJ, Márcio Roberto José de Oliveira.


Decisão - A Liga das Escolas de Samba do Grupo de Acesso (Lesga) informou que nenhuma agremiação seria rebaixada para o Acesso B, por conta da crise financeira mundial, e que só uma subiria. A associação informou que a decisão final caberá à Riotur.

"Quem irá bater o martelo é a Riotur que no caso é quem arca com a maior parte dos custos. Mas o que está previsto no contrato é que duas escolas do grupo B sobem. Isso já foi anunciado hoje (ontem) aqui oficialmente e acredito que não irá deixar de ser", disse o vice-presidente da entidade.

O desfile da Cubango terminou por volta das 5 horas da Quarta-feira de Cinzas. A escola levou para a Sapucaí o enredo re-editado "Afoxé", resgatando o belo samba-enredo de 1979, da dupla Heraldo Faria e João Belém, que rendeu, naquele ano, o pentacampeonato à escola.

Alegria na Noronha Torrezão

Tão logo foi confirmada a vitória da Acadêmicos do Cubango, a comunidade se reuniu na quadra da escola, na esquina das ruas Noronha Torrezão e 22 de Novembro, para comemorar. Durante toda a noite de ontem, o espaço ficou lotado. O presidente Olivier Luciano Vieira, o Pelé, liberou 200 caixas de cerveja para a comunidade, que recomeçou a festa iniciada no desfile. A comemoração se estendeu para os arredores da quadra.

Questionado sobre quem seria o responsável pela vitória, Pelé não titubeou:

"O resultado alcançado pela Cubango é fruto da união da comunidade, que se empenhou em colocar o Carnaval na rua".

Pelé também contou que há um projeto sendo discutido com a Prefeitura de Niterói, com o objetivo de dar apoio ao Carnaval da agremiação que preside, e o da cidade em geral, já em 2010. Compositor do samba, João Belém era um dos mais emocionados.

"Só tenho a agradecer à diretoria e à comunidade pela oportunidade que tive", disse João, que completa 70 anos em 2009, quando a escola comemora seu cinquentenário.

O carnavalesco Léo Morais afirmou que a disputa foi acirrada mas, mesmo gastando metade do que a concorrente, conseguiu fazer bonito na avenida.

"Saímos aclamados. No final, o comentário de quem assistiu era de que nós mostramos um desfile de verdade", afirmou. (Sérgio Renato)

Sossego só tira nota 10 e volta para Sapucaí

Maria Laura Machado

A Acadêmicos do Sossego, de Pendotiba, saiu vitoriosa na apuração do Grupo de Acesso C e voltou ao Grupo Rio de Janeiro 1 (antigo Grupo B), onde esteve a última vez em 2002. Assim como no ano passado, fez um desfile perfeito e recebeu nota 10 em todos os quesitos.

O presidente da azul-e- branco, José Adriano Valle da Costa, o Folha, chorou muito com a vitória da agremiação.

"Esse foi um ano muito difícil para todas escolas de samba. Um ano em que faltou dinheiro no carnaval. No caso da Sossego, ainda mais, pois não temos nem quadra. Foi um ano de superação", disse.

Quem deu uma mãozinha no Carnaval da Acadêmicos do Sossego foi a Prefeitura, afirmou Folha, que ainda disse que o Governo do Estado acena com investimentos.

"Recebemos R$ 100 mil da Prefeitura. Agora, com esse título, temos planos mais ambiciosos para 2010. Esperamos que a Prefeitura continue sendo nossa parceira e sabemos que o governo estadual já manifestou vontade de ajudar".

No carnaval das escolas de samba do grupo C do Rio de Janeiro, além da Acadêmicos do Sossego, subiram também Flor da Mina do Andaraí, em segundo lugar, e Mocidade de Vicente de Carvalho, em terceiro. Caíram Unidos de Lucas, Unidos do Cabral e por último ficou Acadêmicos de Vigário Geral.


Festa na rua – Centenas de torcedores da azul-e-branca festejaram o título, ontem, na Avenida Rui Barbosa, no Largo da Batalha. O refrão do samba-enredo da escola ecoava no canto da comunidade e no som de um trio elétrico:

"Niterói, meu paraíso. Com suor faço samba. Sou a Sossego, cante comigo! De azul e branco, amor, lá vem a Cidade Sorriso", diz o samba que enaltece a cidade e o povo de Niterói.

O diretor de carnaval da escola, Sérgio Negão, agradeceu muito à comunidade e aos 900 componentes que batalharam pelo título.

"Estou muito satisfeito porque foi muito trabalho, muita garra, ainda mais numa escola sem quadra e patrocínio", disse.

O presidente da escola, Folha, sequer esperou o resultado para pensar no carnaval de 2010. Confiando na subida da escola, foi à Sapucaí ver o desfile das escolas do Grupo Rio de Janeiro 1 (RJ-1) e começar a imaginar a estrutura das próximas alegorias.

"Só tivemos certeza do título ontem, mas fomos muito elogiados. Fomos à Sapucaí ver o desfile do grupo RJ-1 para pensar na estrutura e nos gastos já. Não queremos apenas ir lá e voltar", contou.




O Fluminense

Marco Lira nega saída de Ciça, mas mestre confirma

O FLU na Folia

Publicado em 24/02/2009


Carla Vidal, Luciana Jacques, Marcele Bessa e Luiz Gustavo Schmitt

O mestre de bateria da Viradouro, Moacyr da Silva Pinto, o Mestre Ciça, pode comandar a bateria da Grande Rio no próximo Carnaval. A possibilidade da troca veio depois que o mestre da bateria da escola de Caxias, Odilon Costa, foi demitido na noite de segunda-feira.

Há dez carnavais a frente da Viradouro, Ciça disse que já era cotado para comandar a Grande Rio, mas a idéia ainda estava sendo amadurecida.

"Não descarto a possibilidade. Estou amadurecendo esta idéia há três anos, mas prefiro comentar após o desfile da Viradouro para evitar problemas", afirmou antes de entrar na avenida.

Ao final do desfile, Ciça disse que nesta terça-feira conversará com o presidente Marco Lira sobre a proposta que recebeu da Acadêmicos do Grande Rio, que teria sido feita em novembro e que ele avaliou como "tentadora" em termos financeiros. Sobre a Viradouro, ele disse que foi um dos melhores desfiles que já fez e que os atabaques tiveram o efeito esperado.

O presidente da Viradouro, Marco Lira, negou a saída de do mestre do comando da bateria da escola de samba, onde já atua por dez anos. Lira disse preferir não acreditar na versão da imprensa, devido à amizade de longa data entre eles.

Mestre Ciça informou à reportagem de O Fluminense que terá uma reunião com Marco às 20 horas nesta terça-feira, em Niterói, na qual comunicará a troca.

O diretor da Grande Rio, Milton Paracio, também confirmou a ida de Ciça para a escola.

"Logo após a apuração vamos convocar a imprensa e apresentá-lo como integrante da Grande Rio", ratificou o diretor.




O Fluminense

Niteroienses e turistas enfrentam trânsito lento para ir à praia

Cidades

Publicado em 23/02/2009


Luiz Gustavo Schmitt

Niteroienses e turistas que resolveram aproveitar a segunda-feira de Carnaval nas praias da Região Oceânica enfrentaram trânsito congestionado e muito calor, diante da temperatura na casa dos 36 graus. Motoristas que partiam do Centro e da Zona Sul levavam mais de uma hora para chegar às praias de Itacoatiara, Camboinhas, Piratininga e Itaipu.

Retenções no tráfego eram uma constante já por volta das 10h30, desde o túnel Roberto Silveira, que liga Icaraí a São Francisco até o trecho entre a Avenida Quintino Bocaiúva

Na subida da Avenida Rui Barbosa ao Largo da Batalha, também havia lentidão. Na Estrada Francisco da Cruz Nunes, em Piratininga, a situação era crítica, no trecho entre o DPO do Cafubá e o Trevo de Piratininga, onde motoristas chegavam a perder 30 minutos.

Por volta das 12h o engarrafamento se tornou caótico se estendendo tanto pelo final da Estrada Velha de Itaipu até a Estrada Francisco da Cruz Nunes, na altura do Shopping Itaipu Multicenter, quanto pela Avenida Sete, via de acesso alternativo às praias de Piratininga e Camboinhas.

O militar Fábio Oliveira, de 25 anos, tentava chegar a Itaipu, mas estava muito irritado com o engarrafamento na Avenida Francisco da Cruz Nunes.

"Resolvi ficar na cidade para descansar, mas acabei preso nesse calor infernal. O trânsito está praticamente parado há mais de meia hora", reclamou.

Apesar do mal-estar no trânsito, ao chegar nas praias era só curtição. Niteroienses e turistas, vindos da cidade do Rio de Janeiro e até de outros Estados e regiões, como São Paulo, Espírito Santo e Nordeste aproveitam o feriado para tomar um banho de mar e praticar atividades como corrida, bicicleta e caminhada.

O mar verde cristalino da praia de Itacoatiara deu ao local uma atmosfera paradisíaca. Os banhistas não se intimidavam e mergulhavam mesmo diante de uma água gelada.

Morador de Niterói há somente quatro meses, o engenheiro Bruno Reis, de 27 anos, preferiu fugir da "muvuca" dos blocos carnavalescos e aproveitar o mar.

"Não quero saber de barulho e confusão. A ideia é só descansar e ficar na praia mesmo", disse.




O Fluminense

Centro de Niterói é o endereço da desordem e insegurança

Publicado em 22/02/2009


Luiz Gustavo Schmitt

Camelôs fazendo "gato de luz", bares que colocam mesas e cadeiras nas calçadas, quando não no meio das ruas, vans que embarcam ou desembarcam passageiros fora do ponto e outros casos de desordem urbana, são cenários comuns no Centro de Niterói. O FLUMINENSE percorreu ruas como a Visconde de Uruguai, Marechal Deodoro, São João, Jansen de Mello, Marquês do Paraná e Avenida Feliciano Sodre, entre outras, e flagrou diversas irregularidades. Durante o trajeto, por volta das 18 horas de dois dias de semana, não foi encontrado sequer um guarda municipal.

Um dos principais acessos do Centro, ligando ruas como Marquês do Paraná e Rio Branco, a Rua São João concentra diversos problemas. No entorno e até mesmo em frente à 76ª DP (Centro) foram encontrados carros estacionados em cima das calçadas, em ambos os lados da rua. Os veículos atrapalhavam pedestres que tinham de andar espremidos nos cantos das calçadas ou no meio da via.

Na altura da Praça do Jardim São João, camelôs, puxando "gatos de luz" para barraquinhas dividiam espaço de estacionamento com os carros e com os transeuntes nas calçadas. Vendiam desde cachorro-quente, milho e linguiça, até DVDs de filmes. Não havia destinação adequada para o lixo, que ficava espalhado no chão.

Bares colocavam cadeiras nas calçadas e no meio da via. Vans, estacionadas nos cantos da rua, embarcavam e desembarcavam passageiros – que formavam enormes filas no pavimento. Pedestres tinham de andar em zigue-zague para desviar de tantos obstáculos.

Moradores que preferiram não se identificar, por temerem represálias, disseram que os problemas são antigos e não bastam ações pontuais para resolver os problemas.

"Entra governo e sai governo são montadas operações de controle urbano. Tiram o pessoal, mas não dão continuidade e eles acabam voltando", disse um morador.

Na Avenida Rio Branco, esquina com a Rua Fróes da Cruz, outro bar espalhava cadeiras e mesas na calçada, nas proximidades de uma universidade. Na Rua Visconde de Uruguai, no trecho entre Saldanha Marinho e Marechal Deodoro, outro bar acomodava clientes com mesas e cadeiras nas calçadas postadas no meio e nos cantos das ruas.

Providências a partir de março

Já na Rua Marechal Deodoro, moradores se queixam da parada de caminhões de carga e descarga do lado direito, em cima da calçada, para abastecer estabelecimentos comerciais provocando congestionamentos. As vans também faziam ponto na esquina entre Marechal Deodoro e Visconde de Uruguai, provocando congestionamentos.

A Prefeitura de Niterói prometeu intensificar operações de ordenamento urbano, a partir de março, para melhorar a fluidez do trânsito e reduzir irregularidades nos locais citados.

"Essa balbúrdia é antiga. O Centro é um poço de problemas há muitos anos. Mas me parece que agora com esse novo governo existe uma vontade de resolvê-los. Será feito um trabalho contínuo, em conjunto com as secretarias de Segurança e de Urbanismo e Controle Urbano, para melhorarmos gradativamente o ordenamento da região", disse o administrador regional do Centro, Fernando Guida.

Revitalizar o Centro, tendo como ponto de partida o Caminho Niemeyer, é uma das propostas da nova gestão municipal.

"Seria como se fosse uma onda que se propagasse dali (do Caminho Niemeyer) até a Marquês do Paraná. A ideia é fazer com que haja confluência entre o lazer, turismo, trabalhadores e os próprios habitantes do Centro", disse Guida.

Apesar de todos os desafios pela frente, a intenção é ter como exemplo cidades de países de primeiro mundo, como, por exemplo, Paris.

"Essas questões são muito delicadas e demandam tempo para que sejam resolvidas. Para melhorar o trânsito é preciso implementar medidas sustentáveis. Implantar ciclovias, estimular o transporte coletivo de boa qualidade. Estão previstos projetos de transportes de massa que devem desafogar o tráfego, como o projeto do metrô, que irá ligar Niterói e São Gonçalo. A barca deve ter o trajeto São Gonçalo-Rio de Janeiro. E há também o túnel Charitas-Cafubá. Tudo isso deve diminuir um pouco a pressão sobre Niterói", explicou Guida, que ainda concluiu:

"Os problemas de trânsito são graves: poluição do ar, sonora, congestionamento, etc. Tudo isso altera o humor das pessoas e diminui a qualidade de vida delas. As faixas de Niterói são estreitas. É preciso uma mudança de hábito da população, um trabalho de educação ambiental nas escolas, para que o transporte sustentável possa se tornar uma alternativa real".

O secretário municipal de Defesa Civil e Integração Comunitária, Marival Gomes, reconheceu o problema da desordem urbana em Niterói, mas atribui o agravamento da situação aos seis últimos anos do governo anterior.

"A desordem urbana está há seis anos em Niterói. Estamos implementando fiscalização nos principais bairros da cidade. Conseguimos recuperar a Guarda Municipal trazendo a maior parte do efetivo às ruas. Além disso, os locais das próximas operações de ordenamento urbano já foram mapeados. Vamos agir primeiramente nas ruas do Centro. A Rua São João será uma de nossas prioridades", anunciou Marival.




O Fluminense