quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Saúde privada niteroiense terá R$ 100 milhões em investimentos

Revista – Especial Niterói 435 anos

Publicado em 23/11/08

Niterói ganhará 856 leitos

Luiz Gustavo Schmitt

Para atender a grande demanda da população niteroiense pelo rede
hospitalar privada, empresas de planos de saúde e grandes redes de hospitais
vão injetar recursos na saúde niteroiense nos próximos anos. Até 2010, serão
investidos mais de R$ 100 milhões para a construção de novos hospitais e
ampliação da capacidade dos que já atuam na cidade – que ganhará ao todo cerca
de 856 novos leitos.

Para entender esse fenômeno na saúde privada, basta dar uma olhada em
alguns números apurados pela reportagem de O FLUMINENSE, em consulta à
entidades de medicina de renome, empresários e médicos da cidade. Segundo o
levantamento, há um déficit de 500 leitos nos hospitais privados da cidade.
Além disso, cerca de 50% dos moradores de Niterói têm plano de saúde, de acordo
com o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).

Se ainda há pouca oferta de leitos, médicos aqui não faltam:
temos um para cada 198 habitantes. O recomendado é que haja uma média de 8
médicos para cada 10 mil habitantes, de acordo com a Organização Mundial de
Saúde. Ou seja, um médico para cada 1.250 habitantes. Nesse caso, teríamos
quase seis vezes mais do que o recomendável. Isto considerando que a população
niteroiense é de 458.465 habitantes, de acordo com o último censo do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2000.

Depois de perceber que mais de 40% de seus pacientes no Hospital de
Clínica de São Gonçalo eram do município vizinho, o médico e empresário Sávio
Tinoco, proprietário do grupo Hospital e Clínica de São Gonçalo, decidiu
empreender e construir o Hospital Icaraí, na Rua Marquês de Paraná, no Centro.

“Há uma grande demanda por leitos nos hospitais particulares de
Niterói, haja vista as filas que se formam. É um mercado que tem muitas
oportunidades. Por isso resolvi construir esse novo hospital, que será a maior
obra privada da história da cidade”, disse Sávio.

De acordo com ele, a nova casa de saúde contará com todo os serviços
hospitalares: maternidade, cirurgia, neurocirurgia, UTI adulto e neonatal.

“Ao todo, serão 192 leitos de internação (apartamentos) e 88 leitos
de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI)", afirmou o proprietário do
empreendimento.

O investimento para Hospital Icaraí deve ficar em cerca de R$ 50
milhões. O terreno tem em torno de 4.320 metros quadrados e terá 22.382,60
metros de área construída por 45 metros de altura. A expectativa é de que a
casa de saúde preste entre l8 e 20 mil atendimentos, atenda convênios e
consultas particulares e gere aproximadamente 1,2 mil empregos diretos.

Rede D’Or - A grande novidade no que se refere aos hospitais
privados é a chegada da badalada rede D´Or de Hospitais – que construirá um
novo hospital, o Niterói D’Or.

A nova casa de saúde será construída, em Icaraí, em frente à Clínica
Fluminense (CF) – conhecida por sua especialidade em cirurgia plástica -, da
qual a rede D´Or se tornou parceira em Niterói. A partir de janeiro de 2009,
CF se transformará em hospital geral e contará com 50 leitos. De
acordo com o administrador e diretor-geral da Clínica Fluminense, Conrado
Franco Pontes, a administração dos dois centros de saúde será conjunta, com
estruturas correlacionadas, mas ao mesmo tempo independentes.

"Os dois serão hospitais gerais de excelência, com hotelaria
de requinte e equipamentos de última geração. Queremos atender a grande demanda
por leitos que há em Niterói", informou Conrado.

HCN – O Hospital das Clínicas de Niterói (HCN), que realiza
cerca de 9 mil atendimentos de emergência por mês, entre pediátricos e de
adulto, passará por uma reforma e irá ampliar sua capacidade de 184 leitos para
350 leitos nos próximos três anos. A estimativa da direção do hospital é que se
gaste algo em torno de R$ 10 a 12 milhões.
Outra previsão é que em três anos o HCN aumente seu quadro de pessoal
em cerca de 60%, ou seja, mais 600 colaboradores diretos (várias especialidades
da área de saúde, recepção e administrativo).
Segundo a diretora geral do HCN, a médica Ilza Fellows, atualmente o
hospital tem uma taxa média de ocupação em torno de 90%.
"O crescimento da demanda por atendimento e tratamento médico, aliado
a pouca oferta na cidade, impulsionou o projeto de ampliação das instalações.
Para os próximos três anos, por exemplo, a área do serviço de emergência será
ampliada. De 300 metros quadrados passará para 1000 metros quadrados. Já em
relação aos leitos, vamos pular de 184 leitos (sendo 79 quartos privativos; 36
leitos de enfermaria e 69 de terapia intensiva) para 350", enfatiza a diretora.
Hospital Santa Mônica –

O antigo Hospital Santa Mônica, na Rua Marquês de Paraná, no Centro,
à venda por R$ 18 milhões, atrai a atenção de uma das maiores empresas de plano
de saúde. O negócio ainda não está fechado, segundo o diretor da Sergio Castro
Imóveis, Cláudio André Castro, responsável pela venda.
“Há outras duas empresas na disputa pela compra do terreno de 2,8 mil
metros quadrados e 11 mil metros de área construída”, disse Cláudio.
No montante pago pelo futuro comprador estão incluídos cerca de R$ 9
milhões para quitar dívidas da antiga casa de saúde. Os prédios com três
blocos interligados, cada um com seis andares, pertencem a um espólio da
família Raposo, muito tradicional em Niterói.
"Todos os herdeiros estão de acordo. O imóvel não tem problema
nenhum. Por enquanto, estamos avaliando as propostas e tratando da negociação.
O importante é que a documentação está toda regularizada e, a partir do momento
que o comprador oficializar a compra, ele terá a escritura em mãos em cerca de
quatro meses", garante.

História – O Hospital Santa Mônica já foi uma maternidade de
referência no Estado do Rio de Janeiro e a principal da cidade de Niterói. Era
conhecida por contar com uma boa infra-estrutura e equipe médica. No entanto,
acabou falindo e sendo alvo de disputa judicial.
Outro novo empreendimento hospitalar badalado é o novo hospital da
Unimed Leste Fluminense. A empresa estima investir R$ 55 milhões para a
construção de um Hospital Geral, sem contar incorporação de tecnologias e
ambientação.
Segundo a Unimed, só para a aquisição do terreno, com metragem
10.307,08 metros quadrados, foram gastos R$ 4,5 milhões.
O futuro hospital terá 180 leitos divididos basicamente em Centro
Cirúrgico e Obstétrico - 6 salas, Internação - 50 leitos, UTI - 10 leitos,
entre outros).
“Teremos unidades também de endoscopia, quimioterapia, laboratório,
centro de reabilitação e pronto atendimento”, informou a empresa por meio de
sua assessoria de imprensa.

Eletronuclear faz seleção para cadastro de reserva

Economia

Publicado em 18/12/2008

Luiz Gustavo Schmitt

A Eletronuclear abriu inscrições no concurso público para formação de cadastro de reserva em diversos cargos de níveis médio/técnico e superior. Além dos salários, que variam entre R$ 1.374,63 e R$ 4.257,57, a empresa fornece benefícios como vale-refeição ou auxílio-alimentação, vale-transporte, previdência complementar opcional, plano médico e plano odontológico, entre outros.

Há oportunidades de trabalho para cargos de nível superior em diversas áreas de atuação, como administrador, advogado, analista de sistemas, arquiteto, arquivista e engenheiro, entre outras funções. Já para nível médio, as vagas disponíveis são para auxiliar administrativo, desenhista, operador nuclear, técnico de enfermagem e técnico em contabilidade, entre outras.

Os interessados podem se inscrever até o dia 9 de janeiro nos postos de atendimento informados no edital do certame ou pela internet, no endereço eletrônico da Fundação Escola de Serviço Público (Fesp) – www.fesp.rj.gov.br. A taxa custa R$ 50 para os cargos de nível médio/técnico e R$ 65 para nível superior.

Segundo a assessoria de imprensa da Eletronuclear, os candidatos aprovados e classificados na seleção poderão ser convocados, ao longo do prazo de validade do certame, para trabalhar nas cidades do Rio de Janeiro e Angra dos Reis. Entretanto, o edital frisa que os aprovados "poderão ser lotados em unidade localizada em quaisquer cidades onde a Eletronuclear possua ou venha a possuir representação, independentemente da cidade pela qual o candidato optou na ocasião da inscrição".

Haverá provas objetivas de caráter eliminatório e classificatório de conhecimentos básicos e específicos. Eles também terão de se submeter a avaliação psicológica e exame médico admissional.


UFRJ – Estão abertas, até o dia 21 de janeiro, as inscrições para concurso que oferece mais de cem vagas de professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). As remunerações variam entre R$ 8.905,42 para professor titular (doutor) e 2.728,05 para professor auxiliar (exigência apenas de graduação). O valor da taxa de inscrição varia entre R$ 190 e R$ 60.

As oportunidades estão distribuídas pelos campi do Rio de Janeiro, Macaé e Xerém, nas unidades acadêmicas do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), Centro de Ciências da Saúde (CCS), Centro de Letras e Artes (CLA) e Centro de Tecnologia (CT).

Mais informações podem ser obtidas pelo endereço eletrônico: http://www.im.ufrj.br/imol/concursos_02_2008_expansao_sede.php.




O Fluminense

Firjan prevê redução de empregos em 2009

Cidades

Publicado em 17/12/2008


Luiz Gustavo Schmitt

Com o cenário de crise cada vez mais presente na economia brasileira, as indústrias do Rio de Janeiro já reagem com pessimismo. A pesquisa Avaliação e Expectativas dos Empresários Industriais, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), feita com 121 indústrias que, juntas, empregam mais de 85 mil trabalhadores, revela redução do ritmo de produção, vendas abaixo do esperado e redução de empregos.

"O ano de 2009 deve ser complicado. No entanto, o Estado do Rio de Janeiro não deve ser tão afetado. Isto porque contamos com a perspectiva de muitos investimentos de longo prazo, como o Comperj e o Arco Metropolitano, por exemplo", disse o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira.

Quanto a Niterói, o presidente da Firjan Leste Fluminense, Luiz Césio Caetano, prevê cenário de otimismo.

"Umas das principais indústrias niteroienses, no caso a construção naval e off-shore, encontra-se em um segmento econômico prioritário, que deve ser pouco afetado pela crise. Já a indústria da construção civil pode sofrer um pouco mais, por conta da falta de crédito, com uma redução no ritmo de lançamentos imobiliários", disse Caetano.

De acordo com o estudo da Firjan, os efeitos da crise internacional tendem a ser crescentes, com a percepção dos impactos de redução de vendas saltando de 49,6% para 66,1% em 2009. Com relação às exportações, por conta da desaceleração mundial, o número de empresas prevendo queda em 2009 atingiu 47,3%. O encarecimento do dólar também afetará as importações de 59,6% das indústrias do Rio em 2009, com reflexos diretos na aquisição de bens de capital e insumos industriais.

Outro efeito das turbulências no mercado financeiro internacional será a maior dificuldade de captação de recursos em 2009, apontada por 56,4% da amostra. A incerteza afetou a intenção de realizar investimentos tanto nos próximos seis meses quanto nos próximos 12 meses. Ainda há, contudo, 40% que mantêm seus planos de investir.

As expectativas para o 1º trimestre de 2009 refletem incerteza e impactos diferenciados: as empresas dividem-se entre queda e manutenção de vendas industriais. Pouco mais de um quarto projeta aumento.




O Fluminense

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Mercado imobiliário confiante

Habitação

Publicado em 07/12/2008


Luiz Gustavo Schmitt

Mesmo com a crise financeira internacional que tem assustado a todos nas últimas semanas, os empresários do mercado imobiliário ainda têm motivos para comemorar. Durante almoço de confraternização da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Niterói (Ademi), na última terça-feira, os representantes do segmento reconheceram o impacto no ritmo de vendas e lançamentos de imóveis, mas apostam na demanda habitacional brasileira.

Segundo o presidente da Ademi-Niterói, Joaquim Andrade, ainda não é possível fazer um balanço do que aconteceu.

"Tudo foi abalado. A primeira reação é parar o que está fazendo, esperar e entender um pouco o que está prestes a acontecer. As vendas caíram um pouco. Mas hoje nós percebemos que as coisas voltam aos poucos ao normal. Principalmente pela segurança de um investimento em imóvel. As pessoas podem ficar incertas diante de uma aplicação em banco ou na Bolsa de Valores, mas sabem que se comprarem um imóvel estão garantidas a médio e longo prazo. Isto porque é um ativo real", informou Andrade.

Ele se diz otimista frente ao ano de 2009, apostando no déficit habitacional de Niterói e municípios adjacentes, como São Gonçalo, Itaboraí e Maricá.

"Acredito que o mercado seja promissor porque temos uma demanda muita grande e o Governo Federal demonstra interesse em fomentar essa atividade. É um segmento que produz um bem que todo mundo quer, busca e sonha adquirir. Basta olharmos o mercado nas cidades que compõe o Leste Metropolitano, sabendo da procura grande que há para se adquirir a tão sonhada casa própria, em todos os níveis da sociedade", comentou.

De acordo com o presidente da construtora Soter, Fernando Policarpo, a empresa não teve de alterar o planejamento de investimentos, embora tenha passado a adotar uma postura cautelosa.
"O último empreendimento que soltamos no Jardim Icaraí, em outubro, já está 90% vendido. Mas temos de reconhecer que é importante tomar uma postura cautelosa. Diante do crédito mais difícil, as empresas têm de estar capitalizadas. Não é hora para nenhuma aventura; há que se fazer as coisas com muito pé no chão", disse Policarpo.

Nahum Ryfer, dirigente da Pinto de Almeida, lemba que outras crises foram vencidas:

"Nos últimos 15 anos, passamos por umas três crises. Temos um mecanismo de autoproteção e já estamos preparados de alguma maneira. Não afetou drasticamente nossa capacidade de investimento e nem de colocar os negócios na rua".

O diretor da JM Construções, Rogério Faria Maciel, reconheceu que 2009 deve ser um ano muito complicado, o que requer muitos desafios para o setor:

"Vamos ter redução drástica do crédito, pessoas com menos capacidade financeira e, conseqüentemente, a construção civil e os incorporadores terão de se equilibrar com os acontecimentos do mercado".

Faria ainda citou a crise de confiança do sistema financeiro e prevê que todo o quadro atual vai gerar redução de capacidade financeira.

"As empresas vão ter que se readequar a uma nova realidade. Por isso penso que o início de ano será difícil, mas as coisas devem começar a melhorar já no terceiro trimestre", concluiu.




O Fluminense

Morre professor de História João Batista de Andrade

Publicado em 10/12/2008

Reportagem: Anderson Carvalho, Cláudio Emanuel, Danilo Motta, Érika Torres, Gutemberg Ramon, Luiz Gustavo Schmitt, Marcelo Macedo Soares e Raphael Martiniano.


O professor de História João Batista Andrade, de 62 anos, morreu às 20h30 de ontem, no Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), no Centro de Niterói. Na noite de terça-feira, ele foi atropelado quando andava de bicicleta pela Avenida Roberto Silveira, em Icaraí, na Zona Sul. Segundo a polícia, o professor, carinhosamente chamado de JB, foi atingido por um Ford Fiesta preto, que teria avançado o sinal da Rua Doutor Paulo César. De acordo com testemunhas, JB foi projetado contra o pára-brisa do veículo. O docente foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros por volta das 22 horas e levado, em estado grave, para o Huap, onde não resistiu – segundo os médicos, a vítima teve uma parada cardiorrespiratória.

Ainda de acordo com a unidade de saúde, a violência da pancada causou um coágulo no cérebro. Os médicos aindam tentaram reanimá-lo no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Em vão. Durante a tarde de ontem, surgiu a informação de que JB teria sido constatada a morte cerebral dele, o que foi negado pelo diretor do Huap, Tarcísio Rivello.

O motorista do carro causador do acidente, identificado pela polícia como Theodoro Martins, de 62, teria omitido socorro. Horas mais tarde, ele se apresentou à 77ª DP (Icaraí), onde o caso foi registrado, sendo liberado após prestar depoimento. Ele foi indiciado por lesão corporal culposa (sem intenção). Porém, com a morte de JB, é possível que ele responda por homicídio culposo.

Segundo os médicos, o professor sofreu traumatismo crânio-encefálico. Ex-mulher de JB, Rita Mansur apontou a falta de um espaço para os ciclistas nas ruas da cidade como um dos fatores do acidente.

"A ausência de ciclovias é um fato que colaborou para o acidente", disse.

Antes de tomar conhecimento da morte do pai, Thaís Regina Eira de Andrade, de 19, afirmara que a família pensaria em ações judiciais.

"O motorista avançou com força, caso contrário meu pai não teria quebrado o vidro do carro com a cabeça", disse.

João Batista de Andrade foi professor de diversas instituições em Niterói, como o Liceu Nilo Peçanha, no Centro, e o Gay Lussac, em Icaraí. Ficou conhecido por defender causas dos estudantes e por conta da atuação política na cidade, e ainda por colaborar na organização do Movimento Estudantil em várias escolas em que lecionou. JB, inclusive, foi militante do Partido dos Trabalhadores (PT). A Câmara de Vereadores de Niterói chegou a fazer, na sessão plenária de ontem, um minuto de silêncio em solidariedade à vítima. João concorreu, neste ano, a uma cadeira na Casa pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), obtendo 468 votos.

O corpo do docente deverá será velado na Câmara de Vereadores de Niterói e sepultado, ainda nesta quinta-feira, no Cemitério São Francisco Xavier, em Charitas.

Definido como ‘uma figuraça’

Alunos, colegas de magistério e amigos dos colégios em que João trabalhou, como o Liceu Nilo Peçanha e a Escola Estadual José Bonifácio, lembraram do professor com carinho. Irreverente, brincalhão e abnegado pela educação foram algumas das palavras usadas para definir a personalidade de JB.

Na Escola Estadual José Bonifácio, onde JB lecionara História até o primeiro semestre deste ano, os estudantes cantarolaram um dos motes da campanha política de João: "Nazismo, maldade, malícia. Ou a polícia acaba com o esculacho ou o esculacho acaba com a polícia", cantaram em uníssono os alunos Philipi Costa da Silva, de 15 anos, e Marcos Paulo dos Santos Junior, de 14.

"Ele era uma ‘figuraça’. Andava para todos os lados com uma bicicleta rosa, que chamamos de ‘Trono do Papai Noel’, pois ele tem uma barba branca e é velhinho", disse Philipi.

O diretor-geral do Liceu Nilo Peçanha, Celso Lopes, definiu João como uma figura folclórica.

"Como professor era excelente. Acreditava e brigava muito por esta escola. Ele pretendia voltar a lecionar aqui", disse.

A professora de matemática do Liceu Nilo Peçanha Almerinda França disse que trabalhou com João em duas oportunidades.

"Alguém não conheceu o João? Trabalhei com ele no Colégio Henrique Lage e mais recentemente no Liceu. Era uma pessoa inteligente", disse.

Trajetória política

João Batista foi um dos fundadores do PSOL na cidade, tendo se filiado ao partido em 2005. Nas últimas eleições, ele disputou vaga na Câmara Municipal, tendo obtido 468 votos, número insuficiente para ser eleito. Na verdade, o último pleito foi o sexto do qual participou. A trajetória política dele começou como militante do PT, ao qual esteve filiado de 1981 até 1988, quando foi expulso da legenda. Passou ainda pelo PDT e PV, antes de ir para o PSOL.

Em 1982, disputou eleição para deputado estadual pelo PT. Foi um dos defensores da aliança do partido com o então candidato a prefeito pela primeira vez Jorge Roberto Silveira, do PDT. Na ocasião, chegou a ser acusado de fraudar uma votação no PT que aprovou a aliança com o PDT. Expulso do PT, filiou-se ao PDT, tendo sido secretário de Defesa Civil na primeira gestão de Jorge Roberto. Disputou ainda as eleições para vereador em 1992, 1996, 2000 e 2004, nunca tendo sido eleito.

Entre as bandeiras que defendia, estavam o passe-livre para os estudantes das escolas públicas, a preservação do meio ambiente e direitos entre casais gays. Em 1996, procurou a Ordem dos Advogados do Brasil de Niterói (OAB-Niterói) denunciando ameaças de morte contra ele.

Durante a campanha eleitoral deste ano teve como marcas registradas a bicicleta e os vídeos com as idéias para a cidade, que eram divulgados na internet. Andava pela cidade no veículo, que tinha, inclusive, um amplificador.

"É uma figura histórica da esquerda na cidade. Conhecido pelo carisma, o bom trato com as pessoas e a firmeza das idéias", disse Flávio Serafine, presidente do PSOL de Niterói.

Revolta no Antônio Pedro

Durante toda a tarde de ontem, dezenas de pessoas, entre parentes e amigos de João Batista de Andrade, compareceram ao Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) para prestar solidariedade aos familiares próximos.

Dentre os presentes estava a secretária municipal de Educação, Alina Maria Tinoco de Souza. Segundo Thaís Regina, filha de JB, ela e o pai eram muito amigos.

"Hoje em dia, as pessoas estão muito desumanas, todos estão sempre com muita pressa. É preciso humanizar as pessoas", disse Rita Mansur, amiga da família.

Mensagens de carinho no Orkut

"Fala meu filho! Huhu". A frase, além de apresentar a comunidade "JB pra sempre vereador" no Orkut, retrata o bom-humor e o alto astral que João Batista irradiava. Esquerdista em tempo integral, JB era dono de outra comunidade no site de relacionamentos, a "Crítica da nova história crítica". Nela, João Batista defende a tese de que o Brasil não foi descoberto, mas sim invadido.

"A crítica que fazemos à essa concepção é pela esquerda, isto é, tem o objetivo de destacar as ações da luta popular, e não dos governos de elite", diz um trecho do texto.

Já no perfil de JB, mensagens dos amigos traduziam o sentimento de tristeza.

"É difícil falar alguma coisa numa hora dessas, mas o que posso dizer é que você já deixou sua marca no mundo", atestou um dos recados.

Antigo Cine Icaraí é o retrato do abandono

Publicado em 07/12/2008



Luiz Gustavo Schmitt

Visto de dentro, o antigo Cinema Icaraí – fechado em 2006 - marco da história do bairro, recentemente tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) no último dia 25, é o retrato do abandono. Aberto pela primeira vez para a equipe de reportagem de O FLUMINENSE, desde seu fechamento, pode ser conferido que as instalações estão cobertas de poeira. Há também tapumes espalhados pelos cantos e um forte cheiro de mofo. Na sala de projeção, o cenário não é diferente: negativos de filmes e bobinas à deriva, espalhados pelo chão e em cima da mesa do projecionista. Veja imagens.

Andar pelo local é tarefa árdua e cuidadosa: cacos de vidro, pedaços de gesso e até de ferro estão por toda a parte. No chão, ainda restam cartazes de alguns dos últimos filmes exibidos: "Procurando Nemo" e "Expresso Polar".

Sacos de pipoca, copos de refrigerante e algumas carteiras de estudantes no piso do hall de entrada são pistas do que um dia foi o Cinema Icaraí.

As tradicionais cadeiras de couro vermelhas do primeiro piso foram retiradas, assim como as caixas de som e o antigo lustre que pendia sobre o salão principal.

No segundo andar, que era considerado espaço desprivilegiado pelos cinéfilos, por ser muito alto para assistir às sessões, ainda restam as cadeiras de madeira.

Proprietários – O prédio do cinema pertence à Kopex, empresa de administração de imóveis, cujo sócio é o empresário da construção civil Fernando Policarpo. Ele afirmou que recebeu o imóvel nas condições atuais.

"Não tem uma cadeira, um banheiro, está tudo quebrado. Mas foi assim que recebemos. Não fomos nós que fizemos isso. Não acho que seja bom para o bairro e para a cidade que se mantenha dessa forma. Apresentamos uma proposta de aproveitamento comercial, com um cinema de duas salas menores, lojas, livrarias, lanchonetes, cafés, mas foi vetada. A idéia seria criar mais salas de cinema. Hoje não é mais viável fazer um cinema tão grande assim", disse Policarpo, que ainda acrescentou:

"Se o Poder Público entender a necessidade de ter ali um espaço cultural acho perfeitamente normal. Mas aí tem que desapropriar e comprar. Acho que a cidade tem esse direito e estamos dispostos a conversar com as autoridades envolvidas. Desde que seja bom para Niterói e viável para nós", concluiu Policarpo.

Segundo a diretora do Departamento de Preservação do Patrimônio Cultural (Depac) , Regina Prado, a responsabilidade pela conservação do bem cabe ao proprietário do imóvel, que em contrapartida recebe incentivos fiscais.

"O tombamento não significa que o Poder Público tomará conta do imóvel. Isso compete ao proprietário, que em troca não precisa pagar Imposto Territorial Predial Urbano (IPTU)", disse a diretora do Depac.

Mobilização popular pela volta do cinema de rua

Que o cinema tem um forte vínculo afetivo com os niteroienses não é novidade. Em um site de relacionamentos na internet, a comunidade "Vamos salvar o Cine Icaraí" conta com cerca de 2,5 mil membros. No plano da realidade há diversos grupos representativos da cidade lutando pela preservação do cinema. Como por exemplo, a Organização Não-Governamental Eco Ação, o Araribóia Rock – que congrega diversas bandas do gênero - e o Grupo Diversidade Niterói (GDN), entre outros.

O ex-vereador Leonardo Giordano (PT), militante pela preservação do cinema na Câmara dos Vereadores e que pertenceu ao órgão de proteção do patrimônio municipal – o Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural (CMPC) –, sugere que o local se torne um centro cultural.

"Com o prédio protegido é preciso traçar um plano para o local. Quero propor soluções para o espaço já a partir de janeiro. Vou procurar o novo prefeito e a iniciativa privada para que possamos criar um novo centro cultural na cidade. É uma área valorizada e muito atrativa tanto para o Poder Público como para o empresariado. Para revitalizar a edificação também não será difícil: podem-se usar incentivos fiscais para isso", informou Giordano.

Leis que vão e que vêm

O fechamento do Cinema Icaraí, em 2006, provocou manifestações na cidade. A decisão gerou polêmica entre moradores e representantes políticos. A frente do prédio ficou coberta por tapumes de madeira obstruindo portas e janelas, que chegaram a ser arrombadas. O Cinema Icaraí foi construído na década de 1940. Sua arquitetura é representativa do estilo art déco.

Devido ao seu valor como testemunho do desenvolvimento urbano do bairro de Icaraí, ao seu valor afetivo para várias gerações de niteroienses, por ser um marco da cultura da cidade, além de ser o último exemplar de cinema de rua da cidade, o cinema foi protegido pela Lei Municipal n° 1.838/01, de 4 de junho de 2001, através da qual ficou "tombado definitivamente" o imóvel, e mantidos seu uso e capacidade, sendo definida como área de entorno para proteção o terreno onde está localizado e a Praça Getúlio Vargas.

Outra lei – Entretanto, o Cinema Icaraí foi "destombado" pela Lei 2.381/06 de 22 de agosto de 2006, de autoria do vereador Wolney Trindade, apesar do veto do prefeito Godofredo Pinto e do parecer favorável ao veto emitido pela Comissão Permanente de Constituição e Justiça da Câmara. De acordo com a lei, ficou preservada apenas a fachada, sendo permitida a construção de um prédio de 40 metros de altura.

O "destombamento" é admissível em lei somente quando configurados o interesse público ou erro por ocasião do tombamento, estando estas hipóteses descartadas no caso do Cine Icaraí.




O Fluminense

INSS paga benefícios e parte do 13º salário

Cidades

Luiz Gustavo Schmitt

Publicado em 02/12/2008

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deposita hoje os benefícios de quem tem cartão com final 2 ou 7 e recebe acima do piso previdenciário. Junto, será paga a segunda parcela do 13º salário para 2.860.663 aposentados, pensionistas e demais beneficiários com direito ao abono de Natal.

Até sexta-feira, quando se encerra o calendário de novembro do INSS, serão pagos cerca de 26 milhões de benefícios, dos quais 22.578.479 têm direito à complementação do abono de Natal ou à parte relativa ao segundo semestre, caso tenham iniciado o benefício neste período.


Niterói – A Prefeitura de Niterói informou ainda não ter definido o calendário de pagamento do 13º dos cerca de 14 mil funcionários. No entanto, informou que o fará até o dia 20 de dezembro, data limite de pagamento, de modo a quitar o benefício integralmente.

Os servidores estaduais que ganham acima de R$ 950 vão receber o 13º no dia 12. Os que ganham até R$ 500 tiveram o pagamento antecipado no dia 30 de julho. A folha de pagamento deste grupo inclui 63.340 servidores ativos e inativos da administração direta e indireta (autarquias e fundações), além dos pensionistas, que são 50.125 do total.

O governo estadual também quitou antecipadamente, em 17 de setembro, o abono natalino dos trabalhadores que ganham entre R$ 501 e R$ 950. Foram beneficiados 101.735 servidores - ativos, inativos e pensionistas.




O Fluminense

sábado, 22 de novembro de 2008

Imóveis usados ganham valor na hora da crise e vendas sobem 30%

Luiz Gustavo Schmitt

Em épocas de crise, todos querem se proteger. De acordo com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) de Niterói, essa máxima faz com que as pessoas apliquem seus recursos em ativos reais, como os imóveis usados, e mantenham as vendas do mercado imobiliário fluminense aquecidas.

Diferentemente do imóvel na planta, na qual o cliente ainda não tem o contato direto com o imóvel, já que está fechando um contrato para entrega posterior, no usado a realidade é palpável. Segundo a imobiliária Júlio Bogoricin, isto aplaca a desconfiança que muitos clientes têm com a garantia de entrega da construtora do imóvel, em função do cenário econômico atual.

Segundo especialistas do setor, o mercado de imóveis usados teve um incremento nas vendas de cerca de até 30%. Um dos motivos para a procura por esse segmento seria a diferença de preços entre novos e usados, que pode chegar a até 40%, segundo o delegado do Creci Niterói e diretor da imobiliária Ofir Imóveis, Ulisses Moreira.

"As pessoas estão buscando investimentos mais seguros. Por isso a aposta nos imóveis usados. Além disso, toda a mídia utilizada para estimular os lançamentos, e ainda, todos os benefícios oferecidos, como piscina, quadra de esportes, espaço gourmet, acabam sendo pagos pelo consumidor. Há também um custo mensal maior com condomínio. Ou seja, no final das contas, os imóveis usados estão de 30% a 40% mais baratos", explicou Moreira.

De acordo com ele, o mercado de aluguéis também se destaca na atual conjuntura:

"Aquelas pessoas que estavam cogitando a compra, resolveram aguardar o desenrolar desta crise e alugar, para tomar a decisão de compra depois".

O diretor da imobiliária Júlio Bogoricin, Hélio Brito, também constatou aumento na procura por imóveis usados.

"Geralmente, as pessoas que querem uma garantia ou um imóvel pronto para morar procuram esse tipo de imóvel. Recém-casados, por exemplo, que desejam um bem mais acessível, com taxas mais baratas, acabam considerando essa possibilidade como alternativa viável", disse Brito.

Segundo o diretor comercial da Imobiliária Rubem Vasconcelos, Samuel Schwaitzer, as vendas de usados cresceram em torno de 30% desde que os rumores da crise internacional ganharam força.

"Os investidores estão saindo do mercado financeiro e buscando imóveis usados. Há grande procura, principalmente, por imóveis em mau estado de conservação, os quais até dois meses atrás não tinham liquidez, mas agora passaram a ter", disse Schwaitzer.

Ele ainda acrescentou que a compra de um bem usado, à vista, pode ser uma ótima oportunidade de negócio.

"Um apartamento em mau estado de conservação pode custar, por exemplo, em torno de R$ 200 mil. E se reformado com um gasto de cerca de R$ 30 mil, passa a valer R$ 300 mil. Ou seja, é uma margem de lucro interessante para quem tem dinheiro para fazer negócios à vista", informou Schwaitzer.

Desafios

De acordo com o Creci Niterói, as vendas do ramo imobiliário de Niterói sofreram poucos impactos da crise financeira internacional. No entanto, o conselho admitiu que está havendo, por parte dos bancos, certa burocracia a mais para a concessão de crédito.

"Ainda há muito dinheiro circulando na cidade, porque muitas obras saíram e negócios também foram feitos. A grande questão para o mercado é: Será que os bancos vão criar maiores dificuldades para a concessão de crédito? E, sobretudo, a Caixa Econômica Federal, que é o principal agente financeira do mercado, vai continuar liberando financiamento?", indagou Ulisses Moreira, delegado do Creci Niterói.




O Fluminense

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Campanha sobre prevenção ao câncer de pele em Niterói

Publicado em 08/11/2008


Luiz Gustavo Schmitt

A 10ª Campanha Nacional de Prevenção do Câncer da Pele, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), atendeu 351 pessoas em Niterói, no sábado. O objetivo era diminuir os números de incidência da doença no País. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), prevêem mais de 120 mil casos de câncer até o final de 2008.

A campanha aconteceu de 9 às 15 horas nos seguintes postos de atendimento: Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), Associação Médica Fluminense (AMF), Policlínica Comunitária Carlos Antônio da Silva, e Policlínica Comunitária da Ilha da Conceição.

De acordo com a coordenadora regional da campanha, Eloísa Ayres, cerca de 10% das pessoas examinadas apresentaram incidência da doença.

"Ao todo, 31 pessoas apresentaram sinais da doença. Sendo que em duas delas foram encontrados melanoma, que é o tipo de câncer mais perigoso", disse Eloísa.

Após ouvir no rádio sobre a campanha contra o câncer, o aposentado Pedro Paulo da Silva, de 77 anos, morador de São Gonçalo, foi ao Huap em busca de prevenção. Durante a consulta, descobriu uma lesão pré-cancerígena na orelha esquerda.

"Se não estivesse aqui poderia demorar a tomar conhecimento do ferimento", disse o aposentado.




O Fluminense

Evento do transporte público comemora centenário do ônibus a motor no País

Publicado em 12/11/2008


Luiz Gustavo Schmitt

A análise dos problemas de transporte coletivo e a implementação de políticas públicas para o setor foram os temas abordados durante a 13ª Etransport, congresso do segmento que começou, ontem, na Marina da Glória, no Rio. De acordo com os organizadores, cerca de 5 mil pessoas devem participar do fórum, entre os vários níveis de governo, especialistas em transporte, trânsito, urbanismo, energia e meio ambiente. O encontro comemora o centenário do transporte por ônibus a motor em todo o País. Paralelamente está sendo realizada a Fetransrio, feira de equipamentos de transportes.

O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, comentou os principais desafios para a implementação de um sistema viário com maior fluidez no Estado.

"A maior dificuldade que encontramos é o ordenamento urbano e o enfrentamento do transporte irregular", explicou Lopes.

Ao comentar sobre as obras do Corredor Viário da Alameda São Boaventura, Lopes lembrou que problemas ambientais e judiciais atravancaram o processo. Ele ressaltou que faltaram recursos por parte da Prefeitura de Niterói para concluir o extravasor – alargamento do canal – que seria estreito e poderia provocar alagamentos em dias de chuva.

"Infelizmente o governo municipal não pode arcar com os custos do extravasor, que é essencial. É preciso que seja feito esse alargamento, para que caiba um volume de água maior no canal e evitar transtornos. De qualquer forma, o Governo do Estado vai disponibilizar integralmente os recursos necessários para cobrir essas despesas", disse Lopes.

Julio Lopes ainda falou sobre as iniciativas para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.

"Estamos lançando o projeto do B-20. Essa iniciativa almeja os Jogos Olímpicos do ano de 2016. Os ônibus do Rio de Janeiro utilizariam 20% de biodiesel em seu combustível. Ou seja, vamos mostrar para o mundo que podemos ter um transporte coletivo movido com uma energia sustentável", orgulhou-se o secretário.

Transporte auto-sustentável

O novo secretário de Transportes do município do Rio de Janeiro, Alexandre Sansão, fez comentários sobre a implantação do bilhete único no sistema viário carioca e seus benefícios para o bolso do consumidor.

"Será uma forma de racionalizar o sistema de transporte e ainda baratear as tarifas para os passageiros", elucidou Sansão.

Perguntado sobre a possibilidade de concessão de subsídios municipais para implantação do sistema de bilhetagem, Sansão informou que prefere acreditar em um transporte auto-sustentável.

"Não pretendemos dar subsídio para desenvolver esse projeto", disse Sansão.

O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiro do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), Lélis Marcos Teixeira, comemorou a criação por parte do setor da nova central de relacionamento com o cliente.

"Vamos oferecer canais de comunicação como: e-mail, ouvidorias de prefeituras e um telefone 0800, que funcionará 24 horas por dia, entre outros. A idéia é melhorar o atendimento ao usuário e ampliar o mercado de atuação do setor", concluiu.




O Fluminense

Fetranspor investirá R$ 2 milhões para melhorar relação com cliente

Publicado em 11/11/2008



Luiz Gustavo Schmitt

O setor de transporte coletivo, que corresponde a cerca de 7% do PIB nacional – soma de todos os bens e serviços produzidos no País – e emprega 100 mil trabalhadores em todo o Estado do Rio de Janeiro, está completando 100 anos. Para comemorar o feito, ontem, o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), Lélis Marcos Teixeira, anunciou o investimento de mais de R$ 2 milhões para a criação de um serviço de relacionamento com o cliente, através do 0800 estadual, e ainda, o congresso do segmento, que começa hoje, na Marina da Glória. Teixeira também falou sobre as principais questões que envolvem transporte e mobilidade urbana, diante de um cenário de crise financeira.

Para se adaptar à nova legislação, (Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, Decreto 6.523, de 31 de julho de 2008), as empresas de ônibus vão ter de implementar algumas mudanças em seu funcionamento. De acordo com a Fetranspor, será criada uma central de relacionamento com o cliente, que contará com diversos canais de comunicação integrados, como e-mail, ouvidorias de prefeituras e um telefone 0800, que funcionará 24 horas por dia, e até canais na internet, como o site de relacionamentos Orkut.

"Os ônibus vão contar com acesso para portadores de deficiência, por meio de rampas", explicou o diretor de marketing e comunicação da Fetranspor, João Augusto Monteiro, que ainda acrescentou:

"Todos os veículos terão de trafegar com uma placa em que haverá um número de telefone para que o passageiro possa informar a avaliação do desempenho do motorista, fazer sugestões ou reclamações. O objetivo é montar uma estrutura para que as empresas possam melhorar o seu serviço", disse Monteiro.

Ainda de acordo com o diretor, atualmente somente 60% das empresas de transporte coletivo contam com canal de atendimento ao consumidor.

Turbulências podem trazer reflexos

De acordo com o presidente da Fetranspor, Lélis Marcos Teixeira, as turbulências no sistema financeiro mundial afetaram pouco o setor. Ele admitiu que podem surgir repasses para o consumidor no ano que vem, já que houve aumento do preço dos insumos da indústria.

"O custo com mão-de-obra aumentou. O preço de pneus e chassis também estão mais caros. Isso deve acarretar em aumento das tarifas", disse Teixeira, que preferiu não informar o índice do reajuste.

Ele também admitiu que a escassez do crédito, de que o setor depende, pode ser um problema em 2009 e acarretar demissões.

"Num primeiro momento não há efeito, pois as pessoas continuam se deslocando. Além disso, os contratos continuam sendo respeitados. Temos segurança, pois boa parte de nossos fundings vêm do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A falta de crédito pode acarretar maiores problemas e até implicar em demissões", disse Teixeira. Ele admitiu que há empresas que estão com dificuldades de caixa.

Linhas integradas

Sobre os problemas de fluidez do trânsito, principalmente na Capital e em toda a Região Metropolitana, o diretor de mobilidade urbana da Fetranspor, Arthur César de Meneses Soares, informou que as linhas de ônibus serão integradas e haverá redistribuição das linhas.

"Assim como já ocorre em Maricá, na Costa do Sol, bairros do Rio de Janeiro, como Barra da Tijuca, Recreio, Vargem Grande, Vargem Pequena e Jacarepaguá terão todas as linhas de ônibus integradas. A previsão é de que esse projeto comece em dezembro", disse Soares.

Ainda de acordo com Soares, o sistema de integração é mais econômico para os passageiros, pois na volta há sempre um desconto de 20%.

O presidente da Fetranspor, Lélis Marcos Teixeira, também falou sobre os desafios de se conciliar grandes projetos de infra-estrutura, com as dificuldades na captação de recursos.

"Quando se fala do custo de uma obra para viabilizar uma obra de superfície, representa somente 10% dos investimentos para obra de um metrô, por exemplo. Não adianta construir uma rede limitada de transporte. Há soluções brasileiras, como as que foram implantadas em Curitiba (Paraná), com corredores viários que podem ser boas alternativas", disse.


Capacitação - A Fetranspor anunciou também a criação de uma Universidade Corporativa do Transporte para capacitar os funcionários do segmento, com apoio de instituições de ensino médio (técnico) e superior.

Até o momento já foram capacitados 5 mil motoristas e a meta é chegar a 45 mil.


Rio Card - O meio de pagamento eletrônico via cartão de todo o sistema de bilhetagem eletrônica do Estado do Rio de Janeiro, Rio Card, ganhará mais 2400 pontos de venda. De acordo com o diretor comercial de Marketing e Logística da Fetranspor, Edmundo Fornasari, há mais 6 milhões desses cartões no Estado, sendo que somente 2,5 milhões ativos.

"A idéia é expandir os canais de venda em toda a cidade do Rio de Janeiro. Os clientes poderão adquiri-los em estabelecimentos comerciais de diversos ramos, como bancas de jornais, bazares, farmácias e padarias, formando uma rede integrada por meio de tecnologia SmartCard, que vai permitir a compra e a recarga dos cartões em pontos da rede GetNet (similar à de recarga de celulares). O prazo previsto para a implantação total da rede é de até um ano", disse Fornasari.

O diretor comercial anunciou, ainda, um novo produto do Rio Card: seguro de acidentes pessoais com cobertura aos usuários dentro dos meios de transporte que aceitam os cartões e/ou 24 horas por dia, em parceria com a Unibanco Seguros.

"É uma nova estratégia de expansão dos produtos e serviços, preocupada com o bem-estar, segurança e tranqüilidade dos usuários. Os seguros não possuem carência", elucidou Fornasari. Ele prosseguiu:

"Num primeiro momento será ofertado apenas para empresas. É uma opção de baixo custo na oferta de benefícios visando a segurança de funcionários no trajeto casa-trabalho-casa ou 24 horas", concluiu.


Evento - Melhorias para o transporte do futuro são o tema central do 13º Etransport – Congresso sobre Transporte de Passageiros –, promovido pela Fetranspor e sindicatos filiados, entre outras instituições. O encontro começa hoje e vai até sexta-feira, na Marina da Glória. O evento terá como tema central os 100 anos de ônibus a motor na América Latina. A expectativa de público é de 5 mil visitantes.

Uma exposição contando a história do transporte vai comemorar o centenário, enquanto temas importantes para a mobilidade das pessoas vão ser discutidos no congresso. Em evento paralelo, as novidades tecnológicas estarão à mostra na 7ª Feira Rio Transportes (Fetransrio).

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Escolas particulares terão reajuste de até 10%

Luiz Gustavo Schmitt

A crise econômica e o aumento da inflação afetarão, em 2009, o bolso dos pais de alunos de escolas particulares. O aumento no valor das mensalidades será em média de 10%, calcula a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep).

Em Niterói e São Gonçalo, o reajuste médio acompanhará esse mesmo índice, de acordo com os sindicatos de Estabelecimentos de Ensino Particular (Sinep) de ambos os municípios. Vale ressaltar que cada escola particular terá autonomia para fazer os reajustes.

"Acredito que os custos com pessoal devem aumentar muito no ano que vem; haverá aumento de salário de professores, por exemplo. Ainda temos que levar em conta a conjuntura da crise financeira internacional", explicou o presidente do Sinep de São Gonçalo, Vagner Cortez.

De acordo com o Sinep de Niterói, o aumento se deve à inflação, investimentos em tecnologia e à inadimplência crescente nas mensalidades, que tende a aumentar ainda mais. O sindicato ainda alertou que os colégios que oferecem alimentação podem dar um reajuste ainda maior.

"A maioria dos colégios deve manter a base de 10% de aumento. Mas no caso das instituições de ensino em que o valor das refeições está incluso na mensalidade, esse índice deve ser maior e deve acompanhar a alta dos alimentos", disse o sindicato de Niterói.

De 2007 para 2008, o aumento no valor das mensalidades em estabelecimentos particulares de ensino foi de 8%. Segundo o presidente da Fenep, José Augusto Lourenço, esse crescimento de 2% se deve à inflação registrada este ano e às turbulências do mercado. Como as escolas só podem ajustar o valor das mensalidades uma vez ao ano, é preciso prever os gastos do ano seguinte.

"Orientamos esses estabelecimentos sobre todos os índices existentes: inflação do período, INPC, ICV, IGP-M. Lembramos às escolas que as tarifas de luz, telefonia e aluguéis são indexadas pelo IGP-M e esse índice foi de 15% em julho e de 13% em agosto. Ou seja, está mais de 100% acima da inflação, cuja meta traçada pelo governo é de 6,5%, no máximo" , explicou Lourenço.




O Fluminense

Tomógrafo do Hospital Universitário Antônio Pedro é consertado

Publicado em 31/10/08


No dia em que O FLUMINENSE noticiou a denúncia de Clóvis Cavalcanti, presidente do Sindicato dos Médicos da Região Metropolitana II, dando conta que não havia sequer um tomógrafo funcionando nos hospitais públicos de nove cidades (Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Tanguá, Rio Bonito, Silva Jardim, Magé e Guapimirim), o panorama começou a mudar. Ainda ontem, o equipamento do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), no Centro de Niterói, voltou a ser usado.

"Foi um problema na ampola do tomógrafo, que havia queimado. Mas já foi trocada e voltou a funcionar hoje (ontem)", garantiu o diretor do Huap, Tarcísio Rivello. O equipamento do Pronto-Socorro de São Gonçalo, no Zé Garoto, ainda está com a lâmpada queimada. No entanto, a Secretaria de Saúde de São Gonçalo prometeu resolver o problema até terça-feira e, ainda, garantiu que o equipamento do Hospital Luiz Palmier, no Zé Garoto, está funcionando.

No Hospital Estadual Azevedo Lima, a Secretaria Estadual de Saúde manteve o prazo de 20 dias para a volta do equipamento em funcionamento. Quanto ao Hospital Estadual Alberto Torres, faltaria o treinamento de técnicos para operar o tomógrafo.

Drama que remete ao passado
A Medicina explica que o tomógrafo ajuda no diagnóstico mais rápido e preciso de lesões ou doenças do cérebro, abdome e coluna, entre outras regiões do corpo, que não podem ser vistas no exame médico. Para a neurologista Andréa Bacelar, a falta de um aparelho do gênero em um hospital representa um retorno aos anos 80. "É um problema muito sério. Considero inviável trabalhar em uma emergência ou pronto atendimento sem um aparelho de imagem, que permite um diagnóstico preciso", explicou Bacelar.

Ela ainda enfatizou os riscos que a falta da tomografia pode trazer à vida dos pacientes. "Além de protelar o diagnóstico, isso pode fazer com que o médico seja evasivo. Por exemplo, um paciente atropelado tem uma fratura. No entanto, no exame médico não é possível identificar o grau do trauma. Para saber se haverá necessidade de intervenção (no caso uma cirurgia), é preciso a imagem", elucidou a médica.

Para o coordenador da seccional de Niterói do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), Alkamir Issa, é inconcebível que uma cidade do porte de Niterói, em que se fala tanto em qualidade de vida, tenha somente três aparelhos de tomógrafo, sendo que nem todos funcionam. "A medicina não é brincadeira. A tomografia é um tipo de exame que já está incorporado ao dia-a-dia do médico. É um aparelho imprescindível para fazer diagnósticos de muitas doenças, principalmente de câncer. Ele permite, em alguns casos, fazer diagnósticos de uma enfermidade que ainda nem se manifestou no organismo do paciente", afirmou o gastroenterologista.

Hospitais públicos de Niterói e São Gonçalo sofrem sem tomógrafos

Publicado em 29/10/2008


Luiz Gustavo Schmitt

Os hospitais públicos da Região Metropolitana II, que inclui Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Tanguá, Magé, Guapimirim, Silva Jardim e Rio Bonito, municípios que possuem cerca de 2 milhões de habitantes, não têm sequer um aparelho de tomógrafo. A afirmação é do presidente do Sindicato dos Médicos da Região Meropolitana II, Clóvis Cavalcanti.

Segundo ele, em Niterói, os dois hospitais públicos que são referência em tratamento de traumas, o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, e o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), no Centro, não têm tomógrafo funcionando. De acordo com Cavalcanti, a situação é idêntica em São Gonçalo: os tomógrafos do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, e do Pronto Socorro de São Gonçalo, no Zé Garoto, estão danificados.

"O Azevedo Lima está sem tomógrafo há mais de um mês. Eles dizem que é um problema pontual, mas não o solucionam. O aparelho antigo foi retirado e teria sido levado para a Região dos Lagos. Quanto ao equipamento novo, é tão grande que não passa na porta da sala. Eles teriam de fazer uma obra para instalá-lo, o que não aconteceu ainda", disse Cavalcanti. De acordo com ele, as informações sobre o sistema de saúde têm base nas denúncias de profissionais recebidas pelo sindicato.

"O mais grave é que o Azevedo Lima é o principal hospital de Niterói. Recebe toda a demanda do Huap, que está com a emergência praticamente fora de funcionamento e sem tomógrafo há mais de seis meses. No caso de um paciente com traumatismo craniano, não há o que fazer sem uma tomografia. Não dá para identificar a lesão. Só sentando e rezando".

Ele ainda tentou elucidar os problemas do sistema de saúde gonçalense:

"O Pronto-Socorro de São Gonçalo não tem tomógrafo. O Alberto Torres tem um novo, mas ainda não funciona e ninguém sabe explicar o motivo. O problema da saúde não é dos médicos. Mesmo com baixos salários, falta de equipamentos e medicamentos, os serviços médicos continuam funcionando", disse Cavalcanti, em tom de desabafo.


Explicações - A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) informou que as obras no Heal, para instalação do tomógrafo, estão em andamento e dentro do cronograma previsto inicialmente. A expectativa é que a obra esteja completa dentro de 20 dias. Já no Alberto Torres, a instalação do tomógrafo já foi concluída e falta o treinamento dos técnicos que irão operar o aparelho.

O diretor do Huap, Tarcísio Rivello, confirmou, por telefone, que o tomógrafo do Huap não funciona.

"Está com um problema na calibração de uma ampola", disse Rivello.

A secretária de Saúde de Niterói, Maria Célia Vasconcellos, informou que Niterói conta com três tomógrafos: um do Azevedo Lima, outro do Huap e o último fica no Hospital Santa Cruz, com atendimento pelo Sistema Único de Saúde. Questionada sobre o funcionamento dos equipamentos, Maria Célia informou que os tomógrafos do Huap e do Azevedo Lima devem voltar a funcionar em breve.

Procurada por O FLUMINENSE, a Secretaria de Saúde de São Gonçalo não se pronunciou até o fechamento desta edição.




O Fluminense

Hospitais públicos de Niterói e São Gonçalo sofrem sem tomógrafos

Luiz Gustavo Schmitt

Os hospitais públicos da Região Metropolitana II, que inclui Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Tanguá, Magé, Guapimirim, Silva Jardim e Rio Bonito, municípios que possuem cerca de 2 milhões de habitantes, não têm sequer um aparelho de tomógrafo. A afirmação é do presidente do Sindicato dos Médicos da Região Meropolitana II, Clóvis Cavalcanti.

Segundo ele, em Niterói, os dois hospitais públicos que são referência em tratamento de traumas, o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, e o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), no Centro, não têm tomógrafo funcionando. De acordo com Cavalcanti, a situação é idêntica em São Gonçalo: os tomógrafos do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, e do Pronto Socorro de São Gonçalo, no Zé Garoto, estão danificados.

"O Azevedo Lima está sem tomógrafo há mais de um mês. Eles dizem que é um problema pontual, mas não o solucionam. O aparelho antigo foi retirado e teria sido levado para a Região dos Lagos. Quanto ao equipamento novo, é tão grande que não passa na porta da sala. Eles teriam de fazer uma obra para instalá-lo, o que não aconteceu ainda", disse Cavalcanti. De acordo com ele, as informações sobre o sistema de saúde têm base nas denúncias de profissionais recebidas pelo sindicato.

"O mais grave é que o Azevedo Lima é o principal hospital de Niterói. Recebe toda a demanda do Huap, que está com a emergência praticamente fora de funcionamento e sem tomógrafo há mais de seis meses. No caso de um paciente com traumatismo craniano, não há o que fazer sem uma tomografia. Não dá para identificar a lesão. Só sentando e rezando".

Ele ainda tentou elucidar os problemas do sistema de saúde gonçalense:

"O Pronto-Socorro de São Gonçalo não tem tomógrafo. O Alberto Torres tem um novo, mas ainda não funciona e ninguém sabe explicar o motivo. O problema da saúde não é dos médicos. Mesmo com baixos salários, falta de equipamentos e medicamentos, os serviços médicos continuam funcionando", disse Cavalcanti, em tom de desabafo.


Explicações - A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) informou que as obras no Heal, para instalação do tomógrafo, estão em andamento e dentro do cronograma previsto inicialmente. A expectativa é que a obra esteja completa dentro de 20 dias. Já no Alberto Torres, a instalação do tomógrafo já foi concluída e falta o treinamento dos técnicos que irão operar o aparelho.

O diretor do Huap, Tarcísio Rivello, confirmou, por telefone, que o tomógrafo do Huap não funciona.

"Está com um problema na calibração de uma ampola", disse Rivello.

A secretária de Saúde de Niterói, Maria Célia Vasconcellos, informou que Niterói conta com três tomógrafos: um do Azevedo Lima, outro do Huap e o último fica no Hospital Santa Cruz, com atendimento pelo Sistema Único de Saúde. Questionada sobre o funcionamento dos equipamentos, Maria Célia informou que os tomógrafos do Huap e do Azevedo Lima devem voltar a funcionar em breve.

Procurada por O FLUMINENSE, a Secretaria de Saúde de São Gonçalo não se pronunciou até o fechamento desta edição.




O Fluminense

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Polícia Civil publica edital para 100 peritos criminais

Publicado em 10/10/2008


Luiz Gustavo Schmitt

O edital do concurso da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, para cem vagas de perito criminal, foi publicado ontem no Diário Oficial, assim como O FLUMINENSE já havia adiantado.

Os candidatos poderão se inscrever entre os dias 15 e 31 deste mês, pelo site da Fundação Getúlio Vargas (FGV) – www.concurso.fgv.br – ou na sede da Academia Estadual de Polícia Silvio Terra (Acadepol), na Rua Frei Caneca,162, Centro do Rio. O salário é de R$ 3.026 e a taxa de inscrição custa R$ 80.

De acordo com o diretor da Acadepol, delegado Sergio Lomba, os novos peritos criminais vão exercer atividade de nível superior, planejamento, estudos, coordenação, controle e execução de perícias criminais em geral, bem como procedimentos em qualquer órgão da Polícia Civil.

O cargo de perito criminal é voltado para profissionais de nível superior, com formação em diversas especialidades: Biologia (cinco); Engenharia Florestal (dez); Engenharia Civil (15); Engenharia da Computação, Informática ou Análise de Sistemas (dez); Engenharia Elétrica ou Eletrônica (dez); Engenharia Mecânica ou Mecatrônica (20); Engenharia Química, Química Industrial ou Química (20); Física (cinco); e Medicina Veterinária (cinco).


Exames – De acordo com o delegado Sergio Lomba, para ingressarem na corporação, os futuros policiais terão de passar por uma bateria de testes rigorosos e um processo de investigação social. Os candidatos terão de fazer provas de múltipla escolha, com 60 questões, sendo 20 de Português e 40 de conhecimentos específicos. Serão submetidos também a uma prova física, na qual os homens deverão correr 2,2 mil metros em 14 minutos e as mulheres, 1,8 mil metros.

Além disso, farão prova de velocidade, na qual os homens terão de correr 100 metros em 20 segundos, e as mulheres a mesma distância, em 22 segundos. Os participantes terão também exame psicotécnico e médico, além de um curso de formação com 540 horas de carga horária.

Ainda de acordo com o diretor da Acadepol, a Polícia Civil ainda abrirá outras cinco seleções este ano: oficial de cartório (300 vagas), técnico de necropsia (50 vagas), piloto policial (quatro), perito legista (50) e papiloscopista (50 vagas).




O Fluminense

Setor habitacional reconhece crise mundial, mas aposta no negócio

Luiz Gustavo Schmitt

O boom do mercado imobiliário fluminense, que há poucos dias parecia interminável, agora é colocado em cheque diante da crise financeira internacional. Muitas empresas do ramo têm capital aberto e viram suas ações caírem na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O resultado é que agora há menos dinheiro em caixa para investir.

Embora as vendas dos lançamentos continuem fortes e muitas imobiliárias e construtoras se mostrem confiantes com os bons resultados dos últimos anos, a expectativa de uma retração do mercado é real. Foi o que afirmou o presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Joaquim Andrade.

"O imóvel é um ativo real e em qualquer lugar do mundo é o investimento mais seguro. Apesar disso, não há como negar que vai haver uma retração no setor. A rigor, o impacto nas vendas ainda não foi sentido. No entanto, quem não comprou terreno, não irá comprar agora, assim como quem não comprou apartamento está pensando duas vezes", opinou Joaquim Andrade, para completar:

"Ainda não se sabe a extensão da crise, mas é uma crise de confiança. O País como um todo irá sentir e o mercado da construção civil também. A Caixa Econômica Federal, que é principal financiadora, ainda não mudou as linhas de crédito e as taxas de juros, mas com certeza isso vai ocorrer".

Ainda de acordo com ele, a palavra de ordem agora para as empresas do setor de construção civil é cautela.

"Estávamos sinalizando construir nos municípios de São Gonçalo e Itaboraí, para um público que depende exclusivamente das condições de crédito. Neste caso, não se sabe mais o que irá acontecer. Este mercado só existe porque há crédito. Mas agora, há que se esperar para saber se o crédito vai continuar", disse.


Seguro – Segundo o diretor comercial da imobiliária Julio Bogoricin, Otávio Brito, o setor não sente ainda os efeitos da crise. Ele ressaltou que as vendas continuam em alta e o prazo dos financiamentos permanece o mesmo.

"Está provado que, ao longo dos anos, com as sucessivas mudanças de governo e de política monetária, os imóveis continuam sendo um investimento seguro. Nas épocas em que houve confisco, como no Governo Collor, quem teve imóvel não perdeu", afirmou Brito.

Ele ainda prosseguiu enaltecendo a segurança das operações do mercado imobiliário brasileiro:

"Ao contrários dos Estados Unidos, aqui no Brasil os bancos sempre foram muito criteriosos para conceder crédito. Em algum momento defendeu-se até uma maior flexibilidade por parte dos banqueiros brasileiros, mas hoje vemos que isso foi o que garantiu e protegeu o mercado da irresponsabilidade que ocorreu nos Estados Unidos ", disse Brito.


Oportunidade – Para o diretor da Rubem Vasconcelos Imóveis, Rubem Vasconcelos, o abalo no mercado global pode ser visto também como uma oportunidade de negócios.

"As pessoas têm que observar que toda crise gera oportunidades. A cultura brasileira é uma cultura patrimonial. Sempre quem teve dinheiro neste País foi quem possuía imóvel. Os portugueses e os judeus, por exemplo. O imóvel sempre foi um porto seguro para esses momentos agudos de crise", afirmou.

O diretor da imobiliária Francisco Egito, Francisco Egito, crê que as medidas econômicas vão dar conta da crise financeira e não deverá haver impacto nos negócios do setor imobiliário.

"Crescemos impulsionados pelo déficit habitacional brasileiro. Muitos dos clientes estão comprando o primeiro imóvel, portanto, é uma necessidade. O ano de 2008 foi o melhor para o mercado desde que comecei no ramo, em 1994. A tendência é que, nos próximos 20 anos, o número de unidades habitacionais, assim como o crédito habitacional, cresça no Brasil. Pode até haver um freio na corrida aos imóveis; mas uma retração, não acredito", disse Egito.

Secovi está otimista

De acordo com o presidente do Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro (Secovi-Rio), Pedro Wähmann, o mercado de locação e administração de imóveis tem mostrado crescimento nos últimos anos. Mesmo diante do cenário de pessimismo global em relação à economia, o setor ainda deve colher alguns frutos do aquecimento da construção civil alcançado nos últimos três anos, com a entrega dos imóveis lançados durante este período. Por um lado, isso vai gerar mais condomínios a serem administrados, e de outro, haverá aumento da oferta para locação, que segue tendência positiva.

"O investimento em imóveis foi muito desacreditado, mas hoje, quem comprou um imóvel tem tido bom rendimento, além de haver sentido uma valorização que vem acontecendo em todo o País", destaca Wähmann.

Segundo o presidente do Secovi-Rio, o sindicato ainda defende a redução da alíquota do Imposto de Renda (IR) para quem aplica em imóveis para a locação, que é de 27,5%, enquanto quem aplica em fundos financeiros paga 15% por 30 meses.

Vale destacar que, dependendo do local e do tipo de imóvel, a rentabilidade com aluguel pode chegar a 1,2%. É o caso, por exemplo, de salas comerciais no Centro do Rio. E ao que tudo indica, a tendência da locação é seguir em alta, pois nota-se nas grandes capitais redução de oferta de imóvel para aluguel, em alguns casos superior a 50%.

"O mercado de locação ainda é um porto seguro para os investidores – frisa Wähmann. Toda vez que vemos uma crise financeira é normal haver uma procura maior por imóveis", concluiu.




O Fluminense

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Petróleo no pré-sal é novo tesouro que surge no País

Luiz Gustavo Schmitt

As fortunas das reservas de petróleo na camada pré-sal, numa época em que conflitos são marcados pela disputa e controle das fontes energéticas, começam a surgir no panorama do Brasil, que pode vir a tornar-se uma potência no cenário internacional.

Não faltam debates acalorados em torno do tema, como aconteceu na última segunda-feira, no Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

É uma nova era que se prenuncia para o Brasil e a grande chance para o País extirpar a pobreza e a miséria, do Oiapoque ao Chuí. Era este discurso que ecoava em uníssono, entre empresários, sindicalistas e políticos na Alerj.

Mas a grande discussão ainda reside sobre qual o modelo de exploração de petróleo será aplicado nas novas reservas no fundo do mar. Enquanto alguns querem manter o modelo de exploração de concessão, outros preferem uma nova legislação, ou mesmo a criação de uma nova empresa estatal – o que poderia fazer com que estados como Rio de Janeiro, e municípios como Niterói, perdessem a verba dos royalties do pré-sal –, que ficaria com a União, a quem caberia alocar os recursos onde achasse melhor.

No sistema atual de distribuição dos royalties, 50% ficam para a União, 40% para o Estado produtor e 10% para os municípios envolvidos de alguma forma na exploração do petróleo.

Para se ter uma idéia da dimensão dessa disputa, basta ver as contas do município de Niterói. Entre os anos de 2002 e 2007, a arrecadação de royalties aumentou 3.056%, de acordo com a Secretaria Municipal de Fazenda. Em 2002, Niterói recebeu R$ 1.738.041.42. No ano passado, a verba saltou para mais de R$ 53 milhões (R$ 53.725.485,38 – o que corresponde a 6,53% do orçamento municipal de R$ 822,6 milhões.


Negociação – Até setembro de 2008, já entraram R$ 44.832,614,81 nos cofres da Prefeitura de Niterói através da participação no petróleo que é explorado na Bacia de Campos. E a expectativa é de fechar o ano com nada menos que R$ 57 milhões.

O secretário de Fazenda de Niterói, Moacir Linhares, declara que as receitas dos royalties foram fruto de grande esforço junto à Agência Nacional do Petróleo (ANP), a fim de pleitear uma mudança de categoria: de Zona de Influência para Zona Principal, de modo a aumentar o percentual de arrecadado pela Municipalidade. Segundo ele, a estimativa é de que esta verba aumente, já que o campo de Tupi – uma das principais áreas do pré-sal – fica no mar de frente para Niterói.

"Isso foi possível porque temos oito estabelecimentos vinculados à produção e exploração de petróleo. Há ainda o Porto de Niterói, que é um ponto de apoio de serviço logístico para as plataformas. Agora, com estas novas reservas, nós vamos nos esforçar, junto com o Governo do Estado, para aumentar os royalties tanto do próprio Estado quanto do município. A visão de partilhar esses recursos entre outros municípios que não são afetados pela exploração de petróleo contraria a Constituição", disse Linhares.

O secretário de Fazenda ainda concluiu dizendo que os royalties são uma indenização para compensar os prejuízos que a cidade tem com a exploração de petróleo.

"E os municípios afetados têm que receber esse pagamento. Até porque os recursos naturais são finitos, mas as conseqüências permanecem para sempre", afirmou.

Dornelles defende a concessão

O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) também discordou de setores do governo que propõem a criação de uma nova empresa, 100% estatal, que demandam a mudança da lei atual para a adoção do modelo de partilha, no qual quem escolhe as empresas que vão explorar os campos de petróleo é o governo. Para o senador, os royalties e participações especiais não podem ser estendidos a estados não afetados pela exploração do petróleo.

"O Poder Público pode obter, pelo modelo de concessão, praticamente a mesma remuneração que obteria no sistema de partilha e exigiria mudanças legislativas e prolongada discussão no Congresso. O modelo de concessão é mais transparente, eficaz e seguro para o investidor", defendeu Dornelles.

Para o diretor de comunicações da Associação de Engenheiros da Petrobras, Fernando Siqueira, há quem queira entregar as reservas brasileiras do pré-sal – segundo ele, com possibilidade de conter 90 bilhões de barris, a quarta reserva mundial de petróleo – às empresas estrangeiras.

"É uma riqueza da ordem de R$ 10 trilhões, com o barril a R$ 100 dólares. Mas considerando que a tendência de alta é de chegar a R$ 200 dólares, a expectativa ficaria em R$ 20 trilhões. O problema é o marco regulatório brasileiro. A lei 2705/97 diz no artigo 21 que o petróleo pertence à União. Mas no artigo 26, diz que quem explora o poço é o dono dele. Esta lei determina que a União ficará com zero a 40%, enquanto a média mundial de participação dos países produtores é de 84%. No Brasil, o máximo é 40%! ", criticou.

Para o professor de Relações Internacionais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Williams Gonçalves, as empresas internacionais não podem ter um benefício para o qual não correram risco.

"A Lei de Concessão do Petróleo é um contrato justo e de risco. Mas no caso do pré-sal não há risco nenhum. Penso que esta exploração deve ficar para uma empresa brasileira. Por que vamos entregar nosso petróleo aos estrangeiros?", disse

Segundo o subchefe do Departamento de Geologia do Petróleo da Uerj, Renê Rodrigues, o tempo para início de exploração de uma reserva, desde os primeiros testes, leva cerca de cinco anos e demanda muitos investimentos.

"A principal rocha que forma o óleo no Brasil está abaixo do sal. No entanto, quando foram abertos os primeiros poços, que são as enormes reservas das bacias de Campos e Santos, encontrou-se petróleo acima dessa camada e, então, deu-se prioridade a este, já que não havia tecnologia para perfurar a camada pré-sal", explicou.

Camada está a cerca de 7 mil metros de profundidade

A camada de pré-sal é uma grande reserva de petróleo, localizada entre 5 mil e 7 mil metros de profundidade, no mar, sob uma camada de sal calculada em 2 mil metros de espessura. Sua formação foi há mais de 100 milhões de anos, no espaço entre os continentes africano e americano.

As áreas de pré-sal estendem-se por aproximadamente 800 quilômetros, desde o Espírito Santo até Santa Catarina, avançando por 200 quilômetros de largura.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Novo hospital é construído na Rua Marquês de Paraná, no Centro de Niterói

Publicado em 14/09/2008




Luiz Gustavo Schmitt

Investimento estimado em R$ 50 milhões, terreno de 4.320 metros quadrados, sendo um total de 22.382,60 metros de área construída, por cerca de 45 metros de altura. Todos estes números dão corpo ao "Hospital Icaraí", um novo centro de saúde em Niterói, que está sendo construído pelo Grupo Hospital e Clínica de São Gonçalo, na Rua Marquês de Paraná, no Centro, com previsão de conclusão em junho de 2010. A obra ficou a cargo da construtora Gemini, de Nova Friburgo, e contará ainda com um heliponto. Serão 14 andares, sendo três deles somente de garagem, para abrigar 300 vagas de estacionamento.

A expectativa é de que a casa de saúde preste entre l8 mil e 20 mil atendimentos, atenda convênios e consultas particulares e gere aproximadamente 1,2 mil empregos diretos.

"Será a maior obra privada da saúde da história de Niterói. Vão ser oferecidos todos os serviços hospitalares: maternidade, cirurgia, neurocirurgia, UTI adulto e neonatal, etc. Ao todo, serão 192 leitos de internação (apartamentos) e 88 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI)", afirmou o proprietário do empreendimento, o empresário e médico Flávio Tinoco.

Segundo ele, a intenção é suprir a demanda por leitos na rede hospitalar privada niteroiense.

"Faltam de 300 a 500 leitos. Há filas nas portas dos hospitais particulares. Só para se ter uma idéia, cerca de 40% dos meus doentes lá no Hospital de Clínicas de São Gonçalo, são de Niterói", disse Tinoco.

Ritmo – De acordo com o engenheiro responsável pela obra do Hospital Icaraí, José Roberto Viana, hoje atuam em torno de 80 homens na construção.

"Em fevereiro, começamos a fazer as escavações do terreno. Agora estamos colocando as estruturas, mas ainda não estamos em nossa velocidade plena. Há alguns detalhes do projeto para acertar. Mas a expectativa é de que, em 15 dias, deveremos dobrar o efetivo e chegar a 150 trabalhadores", explicou Viana.
Ainda de acordo com ele, já na fase final da obra, quando forem feitos os acabamentos, o número de postos de trabalho deverá duplicar novamente.

"Nesta fase, a previsão de força de trabalho ficará em torno de 300 empregados. Teremos equipes de pintores, bombeiros hidráulicos e eletricistas, entre outros", disse.

Somente para a construção do hospital serão gastos R$ 25 milhões. Os outros R$ 25 milhões ficarão por conta das instalações e compra de equipamentos, como raios-X, tomógrafo, ressonância magnética, entre outros.




O Fluminense

Clínica associa-se à Rede D'Or

Publicado em 17/09/2008


Luiz Gustavo Schmitt

A Clínica Fluminense, situada no bairro de Icaraí, conhecida principalmente por ser voltada para a área estética e por sua especialidade em cirurgia plástica, está sendo reformada para ser a base da Rede D'Or de hospitais, em Niterói.

De acordo com o administrador e diretor-geral da Clínica Fluminense, Conrado Franco Pontes, uma obra começou a ser feita, em fevereiro deste ano, com previsão de conclusão em dezembro, para ampliar a capacidade da casa de saúde e transformá-la em hospital geral, com cerca de 180 leitos, já a partir de 2009.

Segundo Conrado, a parceria entre a Clínica Fluminense será o primeiro passo para o futuro do hospital da Rede D'Or em Niterói.

"Seremos o berço do Niterói D'Or, o hospital que será construído na cidade futuramente. O terreno deverá ser próximo da clínica, mas ainda estamos avaliando uma área para as instalações", disse o administrador e diretor-geral da Clínica Fluminense.

A previsão de inauguração da emergência e de oito leitos do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) é em janeiro do próximo ano.

O novo centro hospitalar atenderá convênios e consultas particulares, e ainda deve dobrar seu efetivo, que é de 70 funcionários, para 150 empregados.

"Queremos atender a grande demanda por leitos que há em Niterói", informou Conrado Pontes.


Recrutamento – O recrutamento de novos funcionários para a base da Rede D'Or já começou a ser feito. Os interessados devem apresentar currículo à Clínica Fluminense pela internet: www.clinicafluminense.com.br.




O Fluminense

Morre estudante baleado em frente à casa de show em São Gonçalo

Publicado em 13/09/2008

Luiz Gustavo Schmitt

O estudante Oldemar Pablo Escola de Faria, de 17 anos, que levou três tiros no rosto no último dia 6, na frente da casa de shows Aldeia Velha, no Zé Garoto, em São Gonçalo, supostamente disparados por um oficial da Polícia Militar, morreu neste sábado no Pronto-Socorro do município. Ele foi velado no Cemitério de São Gonçalo e deve ser enterrado neste domingo. O autor dos disparos teria 30 anos e seria lotado no Batalhão de Choque (BPChoque).

Bastante emocionados, parentes e amigos do adolescente, reunidos em frente à casa de saúde, pediram justiça.

"Um policial tem que zelar pelo povo. Este homem não pode fazer isto e ficar impune. Queremos que ele perca a farda e seja preso", disse o tio do rapaz, o técnico judiciário Ailton Barra de Faria, de 50 anos.

"Todo mundo sabe que ele é um dos donos daquela casa de shows. Como ele pode ir armado a um local que está repleto de menores. Além disso, ele não deveria estar armado lá, já que não estava trabalhando naquele momento. Se este homem não for preso até a meia-noite de segunda-feira, vamos fazer passeata de protesto em frente ao Fórum Novo, no dia seguinte", avisou o pai de Oldemar, o cobrador de ônibus Adilson Batista, de 56 anos.

O estudante Daniel Marques disse que a casa de shows vendia bebidas alcoólicas livremente para os menores. Segundo ele, isso teria contribuído para a confusão, que resultou na morte de Oldemar.

"Disseram que a bebida seria liberada só na área VIP, mas qualquer um que pagasse R$ 20 podia entrar lá e beber livremente", acusou.

O incidente ocorreu no primeiro sábado de setembro. Segundo testemunhas, a intenção do policial teria sido a de apartar uma briga que havia começado em frente ao imóvel. Ainda de acordo com testemunhas, o primeiro tiro foi dado para o alto, mas os outros atingiram Oldemar e, de raspão, um jovem conhecido como Rodrigo "Anjo", de idade não identificada, já fora de perigo.




O Fluminense

Rio-Previdência inaugura agência modelo em Icaraí

Publicado em 10/09/2008


Luiz Gustavo Schmitt

Instalações precárias, filas e lentidão no atendimento. Até pouco tempo era este o retrato do sistema de previdência estadual, exceto por alguns postos, de acordo com o próprio Governo do Estado do Rio. Agora, os segurados de Niterói e municípios próximos não terão mais de enfrentar esses problemas, como garantiu, ontem, o governador Sergio Cabral Filho, durante inauguração de uma agência modelo do Rio-Previdência, na Rua Gavião Peixoto, 87, em Icaraí.

A iniciativa se deve ao plano de reestruturação previdenciária – serão inauguradas mais oito agências, a próxima, ainda este ano, em Miracema, no Noroeste Fluminense –, que substituirá 22 lojas por cerca de oito em todo o Estado do Rio, além de implantar canais de comunicação via internet e telefone.

Quando se trata do número de atendimentos da previdência estadual, Niterói só perde para a capital. A antiga Agência Niterói, na Rua Marquês de Olinda, no Centro, tinha um movimento médio de 310 pessoas ao mês. A expectativa é de que o novo posto preste 800 atendimentos por mês aos segurados de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Região dos Lagos. Com isso, evita-se o deslocamento dessas pessoas para a Central de Atendimentos na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio.

A loja de Icaraí foi equipada com distribuidor de senhas, sala de espera com cadeiras, TV, e ainda, rampas de acesso e banheiro preparados para receber cadeirantes. Com o sistema informatizado será possível obter dados diretamente na base, o que deve conferir mais eficácia e rapidez no serviço.

Durante a solenidade, o governador concedeu a primeira pensão em tempo real, por meio do sistema on line, à pensionista Maria Cristina Oliveira de Almeida.

"Herdamos um Estado desestruturado. Sabíamos das precárias condições das agências e estamos modernizando o sistema, com uso da tecnologia. O segurado que chegar aqui com toda a documentação, irá receber a pensão em 30 dias e conseguirá resolver tudo em meia hora", prometeu o governador.


Pessoalmente – Cabral acrescentou que eram atendidos cerca de 11 mil pessoas, presencialmente, em todo o Estado. Com a modernização do sistema, o número foi reduzido para 7 mil, sendo que aproximadamente 63% dos atendimentos já são feitos por canais on line ou via telefone.

Também presente na solenidade, o prefeito de Niterói, Godofredo Pinto (PT), destacou as parcerias entre a administração municipal e o Governo Estadual.

"Fomos beneficiados em diversas áreas, tanto no que se refere ao sistema viário, com a obra do Corredor Viário da Alameda São Boaventura, como no que se refere ao meio ambiente, com a despoluição da Lagoa de Piratininga. Espero que o próximo prefeito mantenha este modelo, pois quem ganha é a população", comentou Godofredo.

Serviços disponíveis

São estes os serviços disponíveis no novo posto:

- Requisição de aposentadoria ou entrada na pensão.

- Auxílio-reclusão. No caso de servidores que são presos, os filhos, cônjuges ou homoafetivos podem receber a pensão.

Os outros canais de comunicação são: Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), pelo telefone 0800-2858191; o portal www.rioprevidencia.rj.gov.br, através do qual o segurado pode, por exemplo, acompanhar processos e imprimir o contracheque; e a Ouvidoria, cujo telefone é 2263-5791.




O Fluminense

Explosão em mercado de São Gonçalo deixa duas pessoas feridas

13/09/08


A explosão de um botijão de gás provocou incêndio no supermercado Galo Branco, na Rua Clementina Vieira, 455, em São Gonçalo. As duas vítimas foram levadas para o Pronto-Socorro Armando de Sá Couto, no Zé Garoto. O auxiliar de padeiro Tiago Fernandes, de 23 anos, teve 75% do corpo queimado e foi levado para a sala de cirurgia e está em estado grave. Com mais de 90% do corpo atingido, o padeiro Isaldino Pires do Amaral, de 50 anos, foi transferido para o Hospital do Andaraí, no Rio de Janeiro, também em estado grave.

As instalações elétricas e hidráulicas foram totalmente destruídas, de acordo com a Defesa Civil, que interditou o prédio, mas garantiu que não há risco de desabamento. Nos próximos dias será feita uma vistoria estrutural. De acordo com a polícia, um técnico do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) fez a perícia e o laudo das possíveis causas do acidente será elaborado durante a semana. O caso foi registrado na 72ª DP (Mutuá).

Socorro – Proprietário do estabelecimento, Cláudio Macedo de Souza, de 56 anos, tentava salvar o que sobrou e lamentava o incidente. Já o vendedor de doces Roberto Machado da Conceição contou como socorreu Tiago.

"Ele tinha fraturas expostas num braço e nas pernas e chamas por todo o corpo. Apaguei o fogo com as caixas de papelão. Acredito que a explosão destruiu a parede e o jogou no pavimento, onde o encontrei. Até tentei entrar no local, mas o fogo era muito forte. Então ouvi os gritos e percebi que ele estava na calçada", explicou Roberto.

A detonação gerou tremor no raio de um quilômetro.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Edital para inspetor da Civil será publicado hoje

Publicado em 26/08/2008

Luiz Gustavo Schmitt

O edital do concurso para 500 vagas de inspetor da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), com remuneração inicial de R$ 2.102,55, vai ser publicado hoje, segundo a confirmação do diretor da Academia de Polícia Civil (Acadepol), delegado Sérgio Lomba, que elaborou o edital.

"O edital já está na Imprensa Oficial. E aguardamos a publicação amanhã (hoje)", explicou Lomba.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela organização do concurso, confirmou que a previsão de divulgação do edital da seleção é hoje.

"Assim que for publicado no Diário Oficial, publicaremos o edital em nosso site", confirmou a assessoria de imprensa.

De acordo com Sérgio Lomba, o período de inscrições começa amanhã e termina no dia 15 de setembro. A taxa custará R$ 80, e poderá ser paga até o dia 15 de setembro. Os interessados poderão se inscrever pela internet, pelo site da FGV (www.concurso.fgv.br) e também presencialmente na Academia de Polícia Civil (Acadepol) e no Colégio Estadual Amaro Cavalcanti, no Largo do Machado, no Rio de Janeiro.

Podem participar os candidatos com mais de 18 anos, de ambos os sexos, formados em qualquer área de nível superior. Os inscritos poderão solicitar isenção de taxa nos dois primeiros dias de atendimento.


Provas – Os participantes do certame vão passar por um processo seletivo rigoroso. A começar por uma prova objetiva de 100 questões, com perguntas sobre as disciplinas de Língua Portuguesa, Informática e Conhecimentos de Direito (Constitucional, Administrativo, Penal e Processual Penal). Além disso, os aspirantes ao cargo de inspetor policial farão uma prova física e terão de suar para passar por duas modalidades de corrida: 100 metros rasos e 2.400 metros (corrida de resistência).

Após as avaliações intelectual e física, os participantes terão de passar por um processo de investigação social, além de avaliações médicas e psicológicas. Por fim, vão assistir a 540 horas de curso de formação. No decorrer da capacitação, será concedida uma bolsa-auxílio aos concorrentes, somente como ajuda aos candidatos.

"Isso não significará que o candidato tem nenhum vínculo empregatício ou estatutário", afirmou o diretor da Acadepol, Sérgio Lomba. Ainda de acordo com ele, até meados de setembro deve ser lançado o edital do concurso para perito criminal da PCERJ.

Perfil do empresário Julio Bogoricin

Publicado em 24/08/2008

Luiz Gustavo Schmitt


A face oval, a voz mansa, os cabelos cheios e grisalhos, um olhar simpático e arguto, mal deixam transparecer a idade do carioca, torcedor do Fluminense, arquiteto e empresário Julio Bogoricin, fundador e proprietário do Grupo Julio Bogoricin.

Aos 70 anos, ele trabalha cerca de dez horas por dia e divide sua vida na ponte aérea, Rio-Nova Iorque, cidade onde também tem negócios no ramo imobiliário, com a Julio Bogoricin Real State. Os óculos, pequenos, com lentes finas, servem só para ler os jornais – os principais do País, quando está no Rio de Janeiro, e outros dois, o "New York Times" e o "Wall Street Journal", durante o período que fica nos Estados Unidos.

Com o auxílio da internet, acompanha tudo que acontece em sua empresa: analisa estratégias de negócio, verifica até mesmo o tipo e o tamanho dos anúncios que a empresa coloca nos jornais e revistas. Mas ri, com ar jovial, quando fala sobre o comando de sua empresa:

"Hoje não mando mais em nada", fazendo referência à gestão descentralizada.

Em 1956 foi fundada a Julio Bogoricin imobiliária, na Rua da Assembléia, no Centro do Rio. Pouco tempo depois, a empresa se mudaria para o prédio mais alto do Rio na época, o Edifício Avenida Central, 156, na Avenida Rio Branco. Nos primeiros 12 anos de empresa, conciliou a ousadia empreendedora do ramo imobiliário com a estabilidade de bancário no Banco do Brasil.

Ingressou no banco, por meio de concurso, quando tinha 18 anos, época em que estudava Arquitetura na Faculdade Nacional de Arquitetura (atual UFRJ), na Praia Vermelha. Com a expansão do negócio, pediu demissão do banco, aos 32 anos.

"Lembro que minha mulher ficou preocupada em perder os benefícios que o banco oferecia", contou.

A partir dos anos 70, começou um plano de expansão da companhia, alavancado pelo auxílio do Banco Nacional de Habitação (BNH) e a oferta de crédito imobiliário. Houve a abertura de filiais em Copacabana, Ipanema e Niterói – que era vislumbrado como um mercado em expansão, com as obras da Ponte Rio-Niterói.

"Sabíamos que Niterói iria crescer. Por conta da Ponte, muitos moradores do Rio se mudariam para o outro lado da baía. Havia um apelo na cidade, que era o fato de o preço dos imóveis serem inferiores à Tijuca (bairro nobre na época) e com o diferencial de ter praia. A decisão foi acertada e acabei vendendo muitos imóveis para pessoas de Copacabana, Catete e Tijuca, entre outros bairros do Rio", contou.

Quando decidiu apontar seu faro de negócios para Niterói, procurou O FLUMINENSE como forma de divulgar sua nova loja. Data deste período a amizade com o jornalista Alberto Torres, então presidente da empresa.

"Ficamos muito amigos. Ele era um homem muito inteligente. Um intelectual de renome", relembrou Julio.

Pioneiro em Icaraí e no lançamento de duas vagas na garagem

A Julio Bogoricin foi a primeira imobiliária a se instalar em Icaraí. Na época, as empresas do ramo e também as construtoras se concentravam no Centro.

"Foi uma idéia ousada abrir uma grande loja na Praia de Icaraí, onde só tinham lojas de automóveis naquele momento", afirmou.

O boom imobiliário em Icaraí deixou histórias um tanto inusitadas. Julio rememorou o caso do lançamento de um edifício na Rua Mariz e Barros, que tinha duas vagas na garagem, algo inexistente na época.

"Hoje as pessoas chegam a querer até três vagas de estacionamento. Mas naquela época foi difícil de vender. As pessoas deixavam os carros na rua. E pensar que hoje não há quase espaço para estacionar!", lembrou, em tom nostálgico.

"A cidade se expandiu. As pessoas começaram a buscar as áreas periféricas. A Região Oceânica cresceu, deixou de ser um local onde as pessoas tinham casas de veraneio, para se tornar uma área residencial. O bairro do Jardim Icaraí é, hoje, o que tem maior potencial de crescimento. Recentemente, abrimos uma loja lá", disse.

Hoje, o grupo Julio Bogoricin tem negócios em quatro áreas que se entrelaçam – imobiliária, administradora, seguradora e agência de propaganda. A empresa aproveita o bom momento econômico do País: em 2007, cresceu 25% em comparação a 2006, e no primeiro semestre de 2008 foram mais 18% ante o mesmo período de 2007.

A companhia conta com 26 lojas no Brasil, sendo 22 no Rio de Janeiro. Uma outra deve ser inaugurada em breve, em Botafogo, e há ainda a expectativa de mais uma, na Barra da Tijuca.

A empresa também tem seu braço em São Paulo e em Belo Horizonte. Ainda este ano, o empresário pretende abrir outro ponto na Região Oceânica de Niterói, faz planos para Maricá, e em 2009 dá como certa a chegada a São Gonçalo – cidade de grande potencial para Julio:

"Acredito que a expansão do crédito e as facilidades de pagamento irão impulsionar este mercado, que abrange um público crescente de menor poder aquisitivo. Quanto a Maricá, deve ser a próxima bola da vez do mercado. Hoje já há ônibus direto de lá para o Rio".




O Fluminense

Mega-Sena número 1000 será sorteada nesta semana com grande festa

Publicado em 24/08/2008


Luiz Gustavo Schmitt

A Mega-Sena, modalidade de apostas mais procurada do País, sorteia no próximo sábado, dia 30, o seu concurso de nº 1000, com uma grande festa em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

A modalidade de apostas é responsável por 41% dos jogos feitos nas 10 mil casas lotéricas do Brasil. Em 2008, os dez produtos lotéricos da Caixa Econômica Federal (CEF), arrecadaram R$ 3,1 bilhões. A Mega-Sena arrecadou sozinha R$ 1,3 bilhão.

No Estado do Rio de Janeiro, 26 pessoas foram agraciadas com o prêmio "gordo" de R$ 302,8 milhões. Dentre estes, somente um era niteroiense, o qual recebeu cerca de R$ 945 mil. O Estado do Rio é o terceiro no que se refere ao total de apostadores.

Há quem acredite que um número pode ter algo de especial e sair mais do que os outros. Sendo isso verdade ou não, crendice ou pura sorte, o fato é que alguns números saem mais do que os outros, sim.

Segundo a CEF, dentre os números mais sorteados, do concurso 1 até o 997 da Mega-Sena – sorteio realizado na última quarta-feira –, os que saíram mais vezes foram 05 e 41. Cada um deles foi sorteado 117 vezes. A dezena 33 saiu 116 vezes e ficou em segundo lugar na freqüência.

Com menos "sorte", a seqüência 09 saiu 76 vezes e ficou em último na lista, na sexagésima posição.

O sorteio é aleatório e o fato de um número sair ou não, é pura sorte, explicou o matemático Licínio Esmeraldo da Silva, professor do Departamento de Estatística do Instituto de Matemática da Universidade Federal Fluminense (UFF).

"É óbvio que quem aposta mais, terá maiores chances de ganhar, porque terá mais jogos. Com uma aposta mínima, a chance de acertar a quadra é de 1 para 50.063.860. Já quem aposta 10 números tem 210 chances para este número enorme, de mais de 50 milhões. A probabilidade de ganhar, porém, continua sendo ínfima", esclarece.

Segundo o professor, considerando-se que o Brasil já tenha cerca de 200 milhões de habitantes, se cada um jogasse um cartão, o esperado seria que quatro pessoas ganhassem.

"Isto, só para se ter uma idéia da sorte que é preciso ter para se ganhar este prêmio. Dentro dessas mais de 50 milhões de possibilidades de jogos, para que ocorresse de sair uma seqüência de seis números, a cada vez, sem eles se repetirem, seria preciso passar 481,4 milênios para que os jogos voltassem a se repetir", garante o matemático.

De acordo com o vice-presidente de Fundo de Governo e Loterias da Caixa Econômica, Wellington Moreira Franco, um dos objetivos durante a sua gestão é modernizar os produtos lotéricos e possibilitar uma interface digital de apostar, para conseguir atrair o público jovem.

"Estamos trabalhando intensamente para isto. Queremos atualizar nossos produtos, com a possibilidade do uso de tecnologia, para atendermos as demandas do público jovem", disse Moreira.

Carro-chefe de todas as modalidades

O gerente da casa lotérica da Rua Feliciano Sodré, no Centro de Niterói, Fábio Azevedo, de 27 anos, confirmou que a Mega-Sena é o carro-chefe das dez modalidades de loterias da Caixa. Quando acumula, os clientes fazem filas enormes para tentar a sorte.

"Quanto maior o prêmio, mais pessoas apostam. Já até aconteceu de um cliente ganhar um prêmio pequeno, de R$ 3 mil, um ou outro ganhar uma quadra. Mas a maioria ganha R$ 300, R$ 400, nada muito significativo", disse Azevedo.

A cobradora de ônibus Luciana Tavares, de 30 anos, sonha em ganhar. Ela joga há sete anos e gasta cerca de R$ 15 por semana, o que chega a aproximadamente R$ 60 por mês. Se ganhasse, abriria um centro de ajuda a idosos e uma creche comunitária para crianças.

"Tenho fé que ainda vou conseguir. Aposto duas vezes por semana. Jogo em dezenas repetidas. Percebo que os números como 02, 55 e 09 saem muito. Tenho dado uma sorte danada! Sempre acerto três números, falta pouco para ganhar", disse, entre risos, Luciana.




O Fluminense

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Prédio do antigo Hospital Santa Mônica, no Centro, está à venda

Publicado em 21/07/08


Luiz Gustavo Schmitt


O mercado imobiliário em Niterói parece não ter freios. As atenções no momento se voltam para o terreno de 2,8 mil metros quadrados e 11 mil metros de área construída do antigo Hospital Santa Mônica, na Rua Marquês de Paraná, no Centro, que está à venda por R$ 18 milhões.

No montante pago pelo futuro comprador estão incluídos cerca de R$ 9 milhões para quitar dívidas da antiga casa de saúde. De acordo com a incorporadora Sergio Castro Imóveis, responsável pela venda, a área já foi sondada por uma grande empresa do setor de seguro de saúde e outra do ramo de imóveis comerciais. O local também está disponível para aluguel, por R$ 240 mil, apesar da prioridade ser a venda.

Os prédios com três blocos interligados, cada um com seis andares, pertencem a um espólio da família Raposo, muito tradicional em Niterói.

"Todos os herdeiros estão de acordo. O imóvel não tem problema nenhum. Por enquanto, estamos avaliando as propostas e tratando da negociação. O importante é que a documentação está toda regularizada e, a partir do momento que o comprador for oficializado, ele terá a escritura em mãos em cerca de quatro meses", disse o diretor da Sergio Castro Imóveis, Cláudio André Castro.


História – O Hospital Santa Mônica já foi uma maternidade de referência no Estado do Rio de Janeiro e a principal da cidade de Niterói. Era conhecida por contar com uma boa infra-estrutura e equipe médica. No entanto, acabou falindo e sendo alvo de disputa judicial.

Em outubro de 2001, o hospital chegou a ser fechado e o contrato de locação cancelado por decisão da Justiça. A emergência foi fechada e muitos pacientes de planos de saúde tiveram de ser transferidos. Mas logo depois, a Justiça autorizou a casa de saúde a voltar ao funcionamento.

Implosão é nestes dias

As instalações da antiga Anasa, concessionária da montadora de automóveis Volkswagen que teve fama na cidade durante décadas – com 6 mil metros quadrados de área, também na Rua Marquês de Paraná, no Centro, e quase ao lado do Hospital Santa Mônica –, serão implodidas para a construção de um novo empreendimento imobiliário.

O dono do terreno é o empresário José Dornas Maciel, que confirmou a construção, por parte da Construtora Cyrela, de prédios residenciais, com apartamentos de dois a três quartos.

"Deverá ser construído um grande empreendimento. Um condomínio moderno, com piscina e tudo a que se tem direito", explicou o empresário.

Segundo Dornas, a demolição do prédio deve ocorrer entre o fim deste mês e agosto.

"Acredito que a construção deva começar este ano ainda. Por enquanto, é preciso verificar as melhores opções de aproveitamento da planta", concluiu.

O Fluminense

Perdas financeiras do Plano Verão, de 1989, podem ser cobradas

Publicado em 21/07/08


Luiz Gustavo Schmitt

Ainda é possível recuperar as perdas financeiras do Plano Verão, relativas a janeiro de 1989. Os aplicadores que possuíam investimentos em contas de caderneta de poupança têm o direito de entrar na Justiça e cobrar as diferenças de rendimento de suas aplicações, até dezembro deste ano.

Mas quem ainda pretende reaver o dinheiro de suas cadernetas de poupança da época deve se apressar para não ficar na fila na véspera do recesso forense, que geralmente começa uma semana antes do Natal. Em janeiro do ano que vem, o prazo irá prescrever.

A requisição dos valores é feita com ação judicial de cobrança. A correção do saldo acontece pelo índice da caderneta de poupança, mais juros capitalizados de 0,5% ao mês, desde 1989, e o cálculo é baseado nas normas técnicas de auditoria do Judiciário.

"Este tipo de processo deve ser interposto em Vara Cível. Para reaver os valores, o correntista tem que demonstrar algum documento que comprove a relação contratual durante a vigência do plano", explicou o advogado e professor da Escola Superior de Advocacia da OAB-Niterói, Gustavo Manso de Oliveira.

Os extratos bancários das contas de poupança permitem a elaboração do laudo técnico-financeiro obrigatório, que permite ao advogado iniciar a ação de cobrança do valor. O laudo é a segurança do titular da conta de poupança, porque resgata o valor presente de seu direito, a partir do valor real existente no passado.

Ainda de acordo com Manso, o consumidor tem maior chance de ganhar este tipo de ação quando entra na Justiça comum.

"O Juizado Especial é limitado para julgar esse tipo de ação. O ideal é que seja interposta em Vara Cível, pois não cabe a produção de prova pericial no Juizado Especial. Deverá ser feito um cálculo das perdas de todas as mudanças dos planos monetários desde então", disse o advogado.


Documentação – A advogada Cíntia de Paula Ramos da Silva aconselhou os correntistas a providenciarem a documentação para que comprovem a relação de consumo que havia com o banco.

"O primeiro passo é procurar a instituição financeira onde ele tinha conta na época e fazer a solicitação dos extratos, para que seja possível saber exatamente os valores que deve receber. Nesse caso, serve um documento de abertura de conta, um cartão antigo, etc", disse Cíntia.

Com a posse dos extratos, o cidadão deve procurar um contador e um advogado. Quem não tiver recursos financeiros para tal, pode procurar a Defensoria Pública, que é de graça. O contador faz o cálculo com a correção do valor que o correntista tinha, pelo índice correto, e então o autor da ação saberá a diferença que irá receber.

"Normalmente, o banco pede o prazo de 30 dias para emitir o extrato. É bom deixar claro que o banco é obrigado a fornecer os extratos", explicou a advogada.


Demora – A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que a restituição dos créditos tributários aos correntistas é avaliada caso a caso. A possível demora de entrega dos extratos bancários pode ocorrer em alguns casos, pois há que se recuperar documentos em papel.

"A documentação estava registrada com uma tecnologia diferente da utilizada hoje em dia, em formatos que nem existem mais. Exige recuperação de arquivo, pois os documentos são de uma época em que ainda havia muito material impresso. Portanto, há que se ter um pouco de paciência", informou a assessoria de imprensa da Febraban.


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