sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Edital para inspetor da Civil será publicado hoje

Publicado em 26/08/2008

Luiz Gustavo Schmitt

O edital do concurso para 500 vagas de inspetor da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), com remuneração inicial de R$ 2.102,55, vai ser publicado hoje, segundo a confirmação do diretor da Academia de Polícia Civil (Acadepol), delegado Sérgio Lomba, que elaborou o edital.

"O edital já está na Imprensa Oficial. E aguardamos a publicação amanhã (hoje)", explicou Lomba.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela organização do concurso, confirmou que a previsão de divulgação do edital da seleção é hoje.

"Assim que for publicado no Diário Oficial, publicaremos o edital em nosso site", confirmou a assessoria de imprensa.

De acordo com Sérgio Lomba, o período de inscrições começa amanhã e termina no dia 15 de setembro. A taxa custará R$ 80, e poderá ser paga até o dia 15 de setembro. Os interessados poderão se inscrever pela internet, pelo site da FGV (www.concurso.fgv.br) e também presencialmente na Academia de Polícia Civil (Acadepol) e no Colégio Estadual Amaro Cavalcanti, no Largo do Machado, no Rio de Janeiro.

Podem participar os candidatos com mais de 18 anos, de ambos os sexos, formados em qualquer área de nível superior. Os inscritos poderão solicitar isenção de taxa nos dois primeiros dias de atendimento.


Provas – Os participantes do certame vão passar por um processo seletivo rigoroso. A começar por uma prova objetiva de 100 questões, com perguntas sobre as disciplinas de Língua Portuguesa, Informática e Conhecimentos de Direito (Constitucional, Administrativo, Penal e Processual Penal). Além disso, os aspirantes ao cargo de inspetor policial farão uma prova física e terão de suar para passar por duas modalidades de corrida: 100 metros rasos e 2.400 metros (corrida de resistência).

Após as avaliações intelectual e física, os participantes terão de passar por um processo de investigação social, além de avaliações médicas e psicológicas. Por fim, vão assistir a 540 horas de curso de formação. No decorrer da capacitação, será concedida uma bolsa-auxílio aos concorrentes, somente como ajuda aos candidatos.

"Isso não significará que o candidato tem nenhum vínculo empregatício ou estatutário", afirmou o diretor da Acadepol, Sérgio Lomba. Ainda de acordo com ele, até meados de setembro deve ser lançado o edital do concurso para perito criminal da PCERJ.

Perfil do empresário Julio Bogoricin

Publicado em 24/08/2008

Luiz Gustavo Schmitt


A face oval, a voz mansa, os cabelos cheios e grisalhos, um olhar simpático e arguto, mal deixam transparecer a idade do carioca, torcedor do Fluminense, arquiteto e empresário Julio Bogoricin, fundador e proprietário do Grupo Julio Bogoricin.

Aos 70 anos, ele trabalha cerca de dez horas por dia e divide sua vida na ponte aérea, Rio-Nova Iorque, cidade onde também tem negócios no ramo imobiliário, com a Julio Bogoricin Real State. Os óculos, pequenos, com lentes finas, servem só para ler os jornais – os principais do País, quando está no Rio de Janeiro, e outros dois, o "New York Times" e o "Wall Street Journal", durante o período que fica nos Estados Unidos.

Com o auxílio da internet, acompanha tudo que acontece em sua empresa: analisa estratégias de negócio, verifica até mesmo o tipo e o tamanho dos anúncios que a empresa coloca nos jornais e revistas. Mas ri, com ar jovial, quando fala sobre o comando de sua empresa:

"Hoje não mando mais em nada", fazendo referência à gestão descentralizada.

Em 1956 foi fundada a Julio Bogoricin imobiliária, na Rua da Assembléia, no Centro do Rio. Pouco tempo depois, a empresa se mudaria para o prédio mais alto do Rio na época, o Edifício Avenida Central, 156, na Avenida Rio Branco. Nos primeiros 12 anos de empresa, conciliou a ousadia empreendedora do ramo imobiliário com a estabilidade de bancário no Banco do Brasil.

Ingressou no banco, por meio de concurso, quando tinha 18 anos, época em que estudava Arquitetura na Faculdade Nacional de Arquitetura (atual UFRJ), na Praia Vermelha. Com a expansão do negócio, pediu demissão do banco, aos 32 anos.

"Lembro que minha mulher ficou preocupada em perder os benefícios que o banco oferecia", contou.

A partir dos anos 70, começou um plano de expansão da companhia, alavancado pelo auxílio do Banco Nacional de Habitação (BNH) e a oferta de crédito imobiliário. Houve a abertura de filiais em Copacabana, Ipanema e Niterói – que era vislumbrado como um mercado em expansão, com as obras da Ponte Rio-Niterói.

"Sabíamos que Niterói iria crescer. Por conta da Ponte, muitos moradores do Rio se mudariam para o outro lado da baía. Havia um apelo na cidade, que era o fato de o preço dos imóveis serem inferiores à Tijuca (bairro nobre na época) e com o diferencial de ter praia. A decisão foi acertada e acabei vendendo muitos imóveis para pessoas de Copacabana, Catete e Tijuca, entre outros bairros do Rio", contou.

Quando decidiu apontar seu faro de negócios para Niterói, procurou O FLUMINENSE como forma de divulgar sua nova loja. Data deste período a amizade com o jornalista Alberto Torres, então presidente da empresa.

"Ficamos muito amigos. Ele era um homem muito inteligente. Um intelectual de renome", relembrou Julio.

Pioneiro em Icaraí e no lançamento de duas vagas na garagem

A Julio Bogoricin foi a primeira imobiliária a se instalar em Icaraí. Na época, as empresas do ramo e também as construtoras se concentravam no Centro.

"Foi uma idéia ousada abrir uma grande loja na Praia de Icaraí, onde só tinham lojas de automóveis naquele momento", afirmou.

O boom imobiliário em Icaraí deixou histórias um tanto inusitadas. Julio rememorou o caso do lançamento de um edifício na Rua Mariz e Barros, que tinha duas vagas na garagem, algo inexistente na época.

"Hoje as pessoas chegam a querer até três vagas de estacionamento. Mas naquela época foi difícil de vender. As pessoas deixavam os carros na rua. E pensar que hoje não há quase espaço para estacionar!", lembrou, em tom nostálgico.

"A cidade se expandiu. As pessoas começaram a buscar as áreas periféricas. A Região Oceânica cresceu, deixou de ser um local onde as pessoas tinham casas de veraneio, para se tornar uma área residencial. O bairro do Jardim Icaraí é, hoje, o que tem maior potencial de crescimento. Recentemente, abrimos uma loja lá", disse.

Hoje, o grupo Julio Bogoricin tem negócios em quatro áreas que se entrelaçam – imobiliária, administradora, seguradora e agência de propaganda. A empresa aproveita o bom momento econômico do País: em 2007, cresceu 25% em comparação a 2006, e no primeiro semestre de 2008 foram mais 18% ante o mesmo período de 2007.

A companhia conta com 26 lojas no Brasil, sendo 22 no Rio de Janeiro. Uma outra deve ser inaugurada em breve, em Botafogo, e há ainda a expectativa de mais uma, na Barra da Tijuca.

A empresa também tem seu braço em São Paulo e em Belo Horizonte. Ainda este ano, o empresário pretende abrir outro ponto na Região Oceânica de Niterói, faz planos para Maricá, e em 2009 dá como certa a chegada a São Gonçalo – cidade de grande potencial para Julio:

"Acredito que a expansão do crédito e as facilidades de pagamento irão impulsionar este mercado, que abrange um público crescente de menor poder aquisitivo. Quanto a Maricá, deve ser a próxima bola da vez do mercado. Hoje já há ônibus direto de lá para o Rio".




O Fluminense

Mega-Sena número 1000 será sorteada nesta semana com grande festa

Publicado em 24/08/2008


Luiz Gustavo Schmitt

A Mega-Sena, modalidade de apostas mais procurada do País, sorteia no próximo sábado, dia 30, o seu concurso de nº 1000, com uma grande festa em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

A modalidade de apostas é responsável por 41% dos jogos feitos nas 10 mil casas lotéricas do Brasil. Em 2008, os dez produtos lotéricos da Caixa Econômica Federal (CEF), arrecadaram R$ 3,1 bilhões. A Mega-Sena arrecadou sozinha R$ 1,3 bilhão.

No Estado do Rio de Janeiro, 26 pessoas foram agraciadas com o prêmio "gordo" de R$ 302,8 milhões. Dentre estes, somente um era niteroiense, o qual recebeu cerca de R$ 945 mil. O Estado do Rio é o terceiro no que se refere ao total de apostadores.

Há quem acredite que um número pode ter algo de especial e sair mais do que os outros. Sendo isso verdade ou não, crendice ou pura sorte, o fato é que alguns números saem mais do que os outros, sim.

Segundo a CEF, dentre os números mais sorteados, do concurso 1 até o 997 da Mega-Sena – sorteio realizado na última quarta-feira –, os que saíram mais vezes foram 05 e 41. Cada um deles foi sorteado 117 vezes. A dezena 33 saiu 116 vezes e ficou em segundo lugar na freqüência.

Com menos "sorte", a seqüência 09 saiu 76 vezes e ficou em último na lista, na sexagésima posição.

O sorteio é aleatório e o fato de um número sair ou não, é pura sorte, explicou o matemático Licínio Esmeraldo da Silva, professor do Departamento de Estatística do Instituto de Matemática da Universidade Federal Fluminense (UFF).

"É óbvio que quem aposta mais, terá maiores chances de ganhar, porque terá mais jogos. Com uma aposta mínima, a chance de acertar a quadra é de 1 para 50.063.860. Já quem aposta 10 números tem 210 chances para este número enorme, de mais de 50 milhões. A probabilidade de ganhar, porém, continua sendo ínfima", esclarece.

Segundo o professor, considerando-se que o Brasil já tenha cerca de 200 milhões de habitantes, se cada um jogasse um cartão, o esperado seria que quatro pessoas ganhassem.

"Isto, só para se ter uma idéia da sorte que é preciso ter para se ganhar este prêmio. Dentro dessas mais de 50 milhões de possibilidades de jogos, para que ocorresse de sair uma seqüência de seis números, a cada vez, sem eles se repetirem, seria preciso passar 481,4 milênios para que os jogos voltassem a se repetir", garante o matemático.

De acordo com o vice-presidente de Fundo de Governo e Loterias da Caixa Econômica, Wellington Moreira Franco, um dos objetivos durante a sua gestão é modernizar os produtos lotéricos e possibilitar uma interface digital de apostar, para conseguir atrair o público jovem.

"Estamos trabalhando intensamente para isto. Queremos atualizar nossos produtos, com a possibilidade do uso de tecnologia, para atendermos as demandas do público jovem", disse Moreira.

Carro-chefe de todas as modalidades

O gerente da casa lotérica da Rua Feliciano Sodré, no Centro de Niterói, Fábio Azevedo, de 27 anos, confirmou que a Mega-Sena é o carro-chefe das dez modalidades de loterias da Caixa. Quando acumula, os clientes fazem filas enormes para tentar a sorte.

"Quanto maior o prêmio, mais pessoas apostam. Já até aconteceu de um cliente ganhar um prêmio pequeno, de R$ 3 mil, um ou outro ganhar uma quadra. Mas a maioria ganha R$ 300, R$ 400, nada muito significativo", disse Azevedo.

A cobradora de ônibus Luciana Tavares, de 30 anos, sonha em ganhar. Ela joga há sete anos e gasta cerca de R$ 15 por semana, o que chega a aproximadamente R$ 60 por mês. Se ganhasse, abriria um centro de ajuda a idosos e uma creche comunitária para crianças.

"Tenho fé que ainda vou conseguir. Aposto duas vezes por semana. Jogo em dezenas repetidas. Percebo que os números como 02, 55 e 09 saem muito. Tenho dado uma sorte danada! Sempre acerto três números, falta pouco para ganhar", disse, entre risos, Luciana.




O Fluminense