quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Firjan prevê redução de empregos em 2009

Cidades

Publicado em 17/12/2008


Luiz Gustavo Schmitt

Com o cenário de crise cada vez mais presente na economia brasileira, as indústrias do Rio de Janeiro já reagem com pessimismo. A pesquisa Avaliação e Expectativas dos Empresários Industriais, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), feita com 121 indústrias que, juntas, empregam mais de 85 mil trabalhadores, revela redução do ritmo de produção, vendas abaixo do esperado e redução de empregos.

"O ano de 2009 deve ser complicado. No entanto, o Estado do Rio de Janeiro não deve ser tão afetado. Isto porque contamos com a perspectiva de muitos investimentos de longo prazo, como o Comperj e o Arco Metropolitano, por exemplo", disse o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira.

Quanto a Niterói, o presidente da Firjan Leste Fluminense, Luiz Césio Caetano, prevê cenário de otimismo.

"Umas das principais indústrias niteroienses, no caso a construção naval e off-shore, encontra-se em um segmento econômico prioritário, que deve ser pouco afetado pela crise. Já a indústria da construção civil pode sofrer um pouco mais, por conta da falta de crédito, com uma redução no ritmo de lançamentos imobiliários", disse Caetano.

De acordo com o estudo da Firjan, os efeitos da crise internacional tendem a ser crescentes, com a percepção dos impactos de redução de vendas saltando de 49,6% para 66,1% em 2009. Com relação às exportações, por conta da desaceleração mundial, o número de empresas prevendo queda em 2009 atingiu 47,3%. O encarecimento do dólar também afetará as importações de 59,6% das indústrias do Rio em 2009, com reflexos diretos na aquisição de bens de capital e insumos industriais.

Outro efeito das turbulências no mercado financeiro internacional será a maior dificuldade de captação de recursos em 2009, apontada por 56,4% da amostra. A incerteza afetou a intenção de realizar investimentos tanto nos próximos seis meses quanto nos próximos 12 meses. Ainda há, contudo, 40% que mantêm seus planos de investir.

As expectativas para o 1º trimestre de 2009 refletem incerteza e impactos diferenciados: as empresas dividem-se entre queda e manutenção de vendas industriais. Pouco mais de um quarto projeta aumento.




O Fluminense

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